Superando em 23% o recorde anterior, em agosto o Brasil gerou quase 300 mil novos empregos com carteira assinada. No ano, a geração de empregos no país chega perto da marca de 2 milhões de novos postos formais de trabalho, melhor desempenho da história.
Para ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o desempenho do Brasil na geração de empregos formais é resultado da política do Banco Central em relação aos juros, de investimentos pesados em infraestrutura, da disponibilização de crédito e de programas como o ‘Minha Casa, Minha Vida’ e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), “que alavancam a economia e a geração de empregos”, assim como de investimentos privados, “prova de que o empresariado está confiando na economia brasileira”.Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram anunciados nesta semana.
Nordeste – Na análise por região, o Nordeste apresentou geração recorde de empregos e registra a maior taxa de crescimento do país. A região apresentou saldo recorde de geração de empregos para o mês, com 69.562 postos de trabalho em agosto, e obteve a maior taxa de crescimento entre as regiões geográficas (1,32%). Entre os estados, a Paraíba registrou maior variação (2,81%). O estado gerou 8.464 postos de trabalho.
Na região Nordeste, quatro estados obtiveram recordes e três ficaram com o segundo lugar. Pernambuco foi o estado que mais surpreendeu apresentando saldo de 21.799 empregos em agosto.
Pernambuco apresentou aumento de 2,08% em relação ao estoque anterior. Este resultado foi o melhor de toda a série histórica do Caged para o período, em termos absolutos.
A indústria da transformação foi a atividade que mais se destacou em Pernambuco. Em agosto foram criados 8.086 empregos nessa área, apresentando um aumento de 4,25% em relação ao mês anterior. Em segundo lugar ficaram Construção Civil e Serviços, com mais de 4 mil empregos cada um. No setor da agricultura, o estado criou 2.354 empregos no cultivo da cana de açúcar.
Nos primeiros 8 meses deste ano, houve acréscimo de 41.677 postos em Pernambuco, acréscimo de 4,05%. Nos últimos 12 meses, foi verificado crescimento de 9,06% no nível de emprego, com geração de 88.991 postos de trabalho no estado. Este resultado foi o segundo melhor da Região Nordeste para este período, em termos absolutos, sendo superado somente pelo observado na Bahia, que foi de 107.873 postos.
O Ceará apresentou o segundo melhor saldo do nordeste no mês, sendo responsável por 12.321 empregos. Com destaque para Serviços, que criou 3.915 postos de trabalho. O Ceará gerou também 1.097 empregos no cultivo de outros produtos de lavoura temporária.
O estado da Bahia ficou em terceiro com 11.207 postos de trabalho. Uma das razões para essa colocação foi porque o estado perdeu 2.303 postos de trabalho na agricultura devido a fatores sazonais, na Agropecuária foi registrado em agosto saldo de -1.743 postos. A Bahia continua na liderança do ranking no acumulado de janeiro a agosto e no acumulado dos últimos 12 meses.
Sul – A região Sul também apresentou geração recorde de empregos . A criação de mais de 50 mil novos postos de trabalho decorreu do recorde nos três estados da região. Foram gerados 51.054 empregos celetistas em agosto, um crescimento de 0,81% em relação ao estoque registrado em julho. O resultado recorde da região é decorrente do desempenho recorde de todos os estados da região. De janeiro a agosto foram gerados 350.578 e nos últimos 12 meses 427.942.
O estado do Paraná foi o que mais contribuiu para a performance, com 21.397 vagas formais, equivalente a um crescimento de 0,92% em relação ao estoque de assalariados registrado em julho. Em termos absolutos, esse foi o melhor desempenho do estado paraense, em toda a série histórica do Caged, para o mês, alavancado pelos Serviços (7.804 postos), Indústria de Transformação (5.793), Comércio (4.516) e Construção Civil (2.789).
O Rio Grande do Sul gerou 15.675 empregos celetistas, no mês de agosto. Equivalente a um crescimento de 0,68% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês de julho. Esse desempenho, o melhor de toda a série histórica do Caged, para o período, foi causado principalmente pelo crescimento do emprego formal nos setores de Serviços (7.177 postos), Comércio (4.195 postos), Indústria de Transformação (1.904 postos) e Construção Civil (1.323 postos).
Santa Catarina criou 13.982 vagas de empregos formais, em agosto, crescimento de 0,82% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada registrado em julho. Em termos absolutos, esse desempenho foi o melhor de toda a série histórica do Caged, para o período, e foi motivado, especialmente, pelo desenvolvimento do emprego na Indústria de Transformação (4.209 postos), nos Serviços (3.959 postos), no Comércio (3.690 postos) e na Construção Civil (1.645postos).
Sud
este – Das cinco regiões brasileiras, a Sudeste foi a que mais se destacou na geração de empregos com registro em carteira no mês de agosto, com 149.277 postos, variação positiva de 0,78%. O estado de São Paulo manteve liderança absoluta com 90.633 novos empregos em agosto e saldo de quase 700 mil no acumulado do ano. Boa parte do desempenho positivo ocorreu no Setor de Serviços, onde foram abertas 39.410 vagas (0,83%) no mês, seguido de Comércio, com 28.557 (1,23%). Devido às festas de final de ano, o Setor de Serviços é o que mais tem aberto contratações nesse período, fazendo ainda com que subsetores, como o de Turismo, comecem a se organizar para atender demanda. “São Paulo tem muito a crescer e essa é minha expectativa. O estado obteve a maior geração de empregos da Região Sudeste”, ressaltou o ministro Carlos Lupi.
Em Minas Gerais foram abertas 29.253 postos em agosto, expansão de 0,78% em relação ao estoque do mês anterior. Novamente o setor de Serviços possibilitou a abertura de novos postos, com 23.336 (1,72%) empregos, seguido pela Indústria da Transformação, com 10.194 contratações e alta de 1,25%.
Na terceira posição do ranking regional está o Rio de Janeiro, que, em agosto, bateu recorde de empregos para o período. Impulsionado também por Serviços, o estado proporcionou 24.921 contrações no referido mês (0,76%). “O Rio de Janeiro está recebendo muitos investimentos, inclusive para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas. É a pujança da economia e também as festas de final de ano”, avaliou Lupi.
Com menos contratações, mas com variação relativa bem próxima dos demais estados, o Espírito Santo abriu 4.420 novos postos de trabalho no mês, equivalentes a uma taxa de 0,64% no período. As maiores admissões ocorreram em Serviços (2.314); Indústria da Transformação (998); Construção Civil (965) e Comércio (265).
Norte – Nessa região o emprego apresentou saldo positivo em todos os estados. O Norte do país vivenciou o seu segundo melhor mês de agosto na criação de empregos formais, com 16.496 postos criados, expansão de 1,12% em relação ao estoque do mês anterior. Em termos relativos esse foi o segundo melhor resultado do país.
O destaque da região ficou por conta das 6.391 vagas criadas pelo Pará (1,08%). Com o desempenho, em especial, dos setores de Serviços (1.821 postos), Comércio (1.334 postos) e Indústria de Transformação (1.061 postos), o estado alcançou o seu terceiro melhor resultado para o período dentro da série histórica do Caged – sendo superado apenas pelos ocorridos em 2006 (7.852 postos) e 2009 (7.204 postos). Do total de empregos gerados, 4.009 vagas decorreram do interior, enquanto 2.382 postos foram criados na Grande Belém.
No acumulado do ano o Pará contribui com a geração de 29.675 empregos formais (5,20%), o que representou o melhor resultado dentro da região norte e o segundo melhor alcançado dentro da série do Caged – o melhor foi em 2004 (29.798 postos). Outro recorde (em termos absolutos) dentro da região refere-se às vagas criadas nos últimos 12 meses, quando o Pará assinou 38.828 carteiras de trabalho.
O Amazonas contribui com 4.239 empregos celetistas (1,13%) decorrentes, principalmente, dos setores de Serviços (2.107 postos), Indústria de Transformação (1.043 postos) e Construção Civil (769 postos). Nos primeiros oito meses deste ano houve acréscimo de 20.227 vagas (5,61%). Em termos absolutos, esse desempenho é o segundo melhor de toda a série histórica do Caged para o período, ficando atrás apenas dos 22.378 postos criados no ano de 2008. No período compreendido entre setembro/ 2009 a agosto/ 2010 o estado colocou 23.651 trabalhadores no mercado formal, o que representa um acréscimo de 6, 62% em relação ao estoque anterior.
Ao empregar 2.323 celetistas (1,05%) Rondônia alcançou o seu segundo melhor resultado absoluto e relativo para o período dentro de toda a série histórica do Caged – o melhor foi em 2009 (3.401 postos). Tal desempenho deveu-se ao crescimento do emprego na Construção Civil (1.258 postos), no Comércio (478 postos) e na Indústria de Transformação (333 postos).
De janeiro a agosto deste ano o estado contratou 21.182 trabalhadores com carteira assinada (10,52%). Saldo que representou a maior taxa de crescimento dentre as unidades da federação e que garantiu a Rondônia o melhor resultado absoluto para o período desde 1992, bem como o segundo melhor dentro da região norte. Nos últimos 12 meses o estado acumulou 25.609 postos (13,01%) – em termos relativos esse foi o melhor desempenho para o período tanto da região norte quanto do país; em termos absolutos foi o segundo melhor da região, sendo superado pelo Pará (38.828 postos).
O Tocantins conquistou o seu melhor resultado absoluto para o período, dentro de toda a série histórica do Caged, ao criar 1.757 vagas (1,46%). Contribuíram para esse recorde a expansão de empregos nos setores de Serviços (959 postos), Comércio (319 postos), Construção Civil (258 postos) e Indústria de Transformação (256 postos). No saldo dos primeiros oito meses deste ano o estado registrou outro recorde: os 9.280 empregos gerados (8,20%) representaram o melhor resultado absoluto desde 1992. Nos últimos 12 meses verificou-se um crescimento de 8,32% no nível de emprego ou 9.405 postos de trabalho.
Outro estado que também alcançou o melhor desempenho absoluto para o período, dentro de toda a série histórica do Caged, foi o Acre. As 866 contratações (1,37%) responsáveis pelo recorde decorreram, em especial, dos setores de Construção Civil (308 postos), Indústria de Transformação (285 postos) e Serviços (180 postos). A boa performance pode ser percebida desde o início deste ano, já que o estado acumulou até o mês de agosto um total de 3.012 empregados inseridos no mercado formal – melhor resultado absoluto e relativo para o período dentro de toda a série do Caged. No acumulado do ano o Acre gerou 2.508 vagas (4,07%).
O Amapá criou 493 empregos com carteira assinada no mês de agosto (0,87%). O saldo proveniente, em particular, dos setores de Construção Civil (161 postos), Comércio (147 postos) e Serviços (133 postos) representou o terceiro melhor desempenho absoluto para o período dentro da série histórica do Caged – sendo superado pelos registrados em 2005 (979 postos) e 2003 (562 postos).
No acumulado dos oito meses do ano, o Amapá também apresentou um bom desempenho. Isso porque as 1.762 vagas geradas (3,16%) representaram o segundo melhor resultado absoluto e relativo para o período desde o ano de 1992 – o primeiro foi em 2004 (2.112). No período que compreende os últimos 12 meses o estado contratou 2.072 empregados celetistas (3,74%).
As 427 vagas geradas (1,23%) pelo estado de Roraima significaram um recorde para o período, dentro da série histórica do Caged. Conquista que contou com a expansão de setores como o Comércio (139 postos), Construção Civil (134 postos) e Serviços (107 postos). Outro recorde alcançado pelo estado refere-se ao acumulado durante todo esse ano. Afinal, o acréscimo de 1.536 empregos celetistas (4,55%) representou o melhor desempenho absoluto e relativo para o período desde 1992. No período que compreende os últimos 12 meses, Roraima foi responsável pela assinatura de 2.304 carteiras de trabalho (6,99%).
Centro-Oeste – Entre janeiro e agosto a região central do país gerou 159,7 mil vagas de trabalho formal. Em agosto a região Centro-Oeste gerou 13.076 empregos celetistas, um crescimento de 0,51% em relação a estoque de assalariados registrado no mês de julho. O estado de Goiás foi quem mais contribuiu para o resultado a criar 6.805 vagas com carteira assinada, no período. O crescimento no nível de emprego apresentado pelo estado goiano foi impulsionado pelo setor de Serviços (3.167 postos), Comércio (1.754 postos) e Indústria de Transformação (1.409 postos).
No Mato Grosso foram criados 2.277 empregos celetistas, no mesmo mês, equivalente a um crescimento de 0,44% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada registrado no mês julho. Essa expansão deveu-se principalmente ao crescimento da contratação formal nos setores de Serviços (998 postos), Construção Civil (879 postos) e Comércio (500 postos).
No mesmo período foram geradas 2.046 colocações celetistas no Distrito Federal, crescimento de 0,32% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada registrado no mês agosto. Os Serviços, que geraram (1.740 postos), o Comércio (169 postos) e a Indústria de Transformação (116 postos) foram os setores responsáveis pela performance.
O estado do Mato Grosso do Sul contribuiu com a criação de 1.948 empregos celetistas para o acúmulo de empregos na região Centro-Oeste, registrado em agosto, crescimento equivalente 0,48% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Em termos absolutos, esse desempenho é o terceiro melhor de toda a série histórica do Caged, para o período, sendo superado apenas pelo ocorrido em 2004 (2.975 postos) e 2001 (2.047 postos). A Indústria de Transformação (782 postos), o Comércio (665 postos), os Serviços (633 postos) e a Construção Civil (442 postos) foram os setores de atividade que mais contribuíram para esse resultado.
Equipe Informes com Assessoria de Imprensa do Ministério do Trabalho