Ferro: “Oposição usa Receita para criar palanque eleitoral artificial”

FSP_O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), ironizou a oposição por tentar tirar proveito político e eleitoral do vazamento de dados cadastrais e fiscais de contribuintes do banco de dados da Receita Federal. “Na falta de audiência para seu discurso vazio e na ausência de propostas concretas para o País, a oposição quer criar artificialmente um palanque eleitoral”, disse Ferro.

O líder observou que a tentativa do PSDB e DEM de criar uma CPI Mista (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o assunto insere-se na “estratégia de desviar dos temais centrais – como propostas para melhorar a vida da população brasileira – para criar factóides. É mais uma iniciativa eleitoreira do bloco de oposição. A gente compreende que é uma tentativa de politizar a investigação, que deve ser conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público”, disse Ferro.

Na opinião do líder petista, há sim, necessidade de se esclarecer o vazamento dos dados, mas ele ponderou que o problema ocorre há anos, sem que a oposição tenha ficado indignada. Ele lembrou, por exemplo, que em 2000 o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sobre o vazamento de dados de 17 milhões de contribuintes(veja ilustração). Vazou até a declaração de renda do então presidente Fernando Henrique Cardoso. “Na época, não se notou indignação do PSDB e do PFL (atual DEM) e tampouco da mídia; mas agora todos transformaram o assunto num cavalo de batalha com objetivos claramente eleitorais”.

MIDIA ELEITOREIRA – Ferro questionou também a cobertura que a maior parte da mídia do eixo Rio-São Paulo tem dado ao caso, empenhando-se em transformar as acusações de Serra contra o PT em grandes manchetes: “É espantosa a cobertura da mídia sobre o caso, com manipulações e omissões”, disse Ferro.

Para Ferro, a existência de falhas no sistema de segurança da Receita deve ser objeto de uma ampla investigação, mas sem a conotação político-eleitoral que a oposição quer dar no momento. “O assunto é demasiadamente importante para que seja objeto de manipulações”, disse.

CAMPANHA – O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que a quebra de sigilo de dados fiscais e cadastrais é um caso grave que deve ser investigado, mas negou relação do episódio com a campanha do PT. ” Insisto que esse é um caso de polícia. Aguardamos as investigações. É um caso grave, que deve ser investigado, mas repudiamos qualquer tentativa de vinculação com a campanha da Dilma”.

Dutra já pediu que a Polícia Federal aprofunde as investigações a respeito do suposto dossiê sobre atividades de pessoas ligadas ao PSDB, cuja elaboração teria sido feita a partir de dados obtidos pela quebra de sigilos fiscais na Receita Federal. O partido fez uma petição à Polícia Federal para incluir no inquérito que apura a quebra de sigilos fiscais três reportagens sobre o assunto, que foram veiculadas nas revistas Época (edição de 06/10/2010) e Carta Capital ( edição de 21/07/2010) e no jornal Folha de São Paulo ( edição de 5 de julho de 2010).

O PT quer que a PF ouça todas as pessoas que são citadas nas três reportagens. Entre elas, o jornalista Amauri Ribeiro Júnior, que teria feito investigação para o jornal Estado de Minas, que teria como alvo pessoas ligadas ao PSDB. “Nós queremos que a PF investigue se há ou não relação entre os dois casos e qual é o grau de veracidade nisso”, disse.

Equipe Informes

 

 

 

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