Brasil se destaca no ranking global de geração de empregos e atração de investimentos

ferro_entrevista_folhaDuas notícias positivas sobre a economia brasileira colocam o Brasil como destaque no cenário global. Uma é sobre a expectativa de criação de empregos no Brasil para os três últimos meses deste ano, que continua uma das mais elevadas do mundo.
Segundo pesquisa da consultoria Manpower, a Expectativa Líquida de Emprego para o período é de 37%, três pontos percentuais inferior à registrada entre os meses de julho a setembro, mas 16 pontos acima do verificado em igual período de 2009. Com o resultado, os empregadores brasileiros ainda são os mais otimistas das Américas.

A outra notícia é que o Brasil superou os Estados Unidos e toda a Europa e já é o terceiro destino favorito de multinacionais que planejam realizar investimentos até 2012. Os dados foram anunciados dia 6 pela Conferência da ONU para o Comercio e Desenvolvimento (Unctad), a partir de uma pesquisa feita anualmente com 236 empresas multinacionais e 116 agências de promoção de investimentos pelo mundo.

Para o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), os dois feitos decorrem da “coragem do presidente Lula de enfrentar a crise mundial de 2008 na ofensiva, conclamando os brasileiros a trabalhar, consumir e mobilizar a economia do País”. Ferro observou que, se a crise tivesse ocorrido no governo FHC (1995-2002), que seguia as receitas do FMI (aumento de juros, arrocho salarial e contenção de consumo), o Brasil teria ido à UTI. “Foi com ousadia que levamos a economia brasileira ao patamar de hoje”.

INVESTIMENTOS – Quanto ao Brasil ser o terceiro destino de investimentos estrangeiros, Ferro observou que a pesquisa revela que o País confirma definitivamente ter entrado nas rota do crescimento sustentado. “Nenhum investidor aposta num local inseguro e arriscado”, disse. Ele ironizou o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, por ter feito recorrentes críticas à política econômica do governo Lula. “Só a oposição está na contramão: o mundo elogia o Brasil, mas Serra e parte da mídia brasileira acham que o resto do mundo é burro e só eles são inteligentes”, disse.

O levantamento sobre geração de emprego foi realizado em 36 países e ouviu 62 mil empregadores. No ranking global, o Brasil aparece atrás apenas de Índia (42%), Taiwan (40%) e China (51%). Para compor o índice, é calculada a diferença entre as porcentagens relativas à expectativa de criação e de redução do número de empregos em cada país. O setor de Finanças, Seguro e Imobiliário é o destaque nacional, com a maior expectativa de criação de empregos no 4º trimestre (53%). Na comparação regional, os empregadores dos estados do Rio de Janeiro e Paraná aparecem entre os mais otimistas, com expectativa de 41%. Nos demais estados e na cidade de São Paulo, o índice manteve estabilidade.

Já o levantamento da Unctad sobre a posição do Brasil na captação de investimentos mostra que empresas multinacionais apostam em uma alta importante no fluxo de investimentos no mundo nos próximos dois anos. Mas, em decorrência da crise mundial iniciada em 2008, as multinacionais incluíram, numa lista de 15 países, nove das regiões emergentes. Pela primeira vez desde que o levantamento começou a ser feito, há dez anos, os quatro países dos Bric (Brasil, Rússia, India e China) estão entre os cinco locais preferidos pelo setor privado para investir. O Brasil se destacou por um interesse cada vez maior das multinacionais pela produção de matérias-primas (commodities) e pelo mercado doméstico brasileiro.

Com base em um crescimento mundial de 3% em 2010 e de 3,2% em 2011, a ONU estima que os investimentos das multinacionais devem ficar em US$ 1,2 trilhão em 2010. O movimento pode chegar a US$ 1,5 trilhão em 2011, passando para algo entre US$ 1,6 trilhão e US$ 2 trilhões em 2012.

Das mais de 230 multinacionais que participaram do levantamento, mais de 100 apontaram a China como uma prioridade em seus investimentos. Em segundo lugar vem a Índia, com pouco mais de 70 empresa. O Brasil vem na terceira posição, uma acima da classificação que havia obtido em 2009 e com 70 empresas indicando o país como sua prioridade. O Brasil superou os EUA, que aparecem pela primeira vez na quarta posição.

A lista dos cinco primeiros colocados na avaliação das múltis é completada pela Rússia, com menos de 40 multinacionais a colocando como prioridade. O México aparece na sexta colocação, seguido pelo Reino Unido, Vietnã, Indonésia e Alemanha.

O FMI estima que os emergentes receberão investimento de US$ 294 bilhões em 2010, comparado a US$ 274 bilhões em 2009. Já o Instituto de Finanças Internacionais apresenta outra conta e aponta que o volume de capital aos emergentes chegará a US$ 435 bilhões no ano. Em 2009, foi de US$ 347 bilhões.

Matérias-primas. O grande interesse nos emergentes é pelo setor primário e de commodities. Segundo a Unctad, o setor de recursos naturais conseguiu manter os mesmos níveis de investimentos dos últimos anos, apesar da crise. Já o setor automotivo, de produtos químicos e eletrônicos sofrem com uma produção acima da capacidade de consumo dos mercados ricos. O resultado foi um grande corte nos investimentos.

Equipe Informes, com agências

 

 

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