Vaccarezza: salário mínimo para 2011 reflete acordo entre governo e centrais

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O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), afirmou nesta quarta-feira que o salário mínimo de em R$ 538,15 previsto no Orçamento da União para 2011 e enviado pelo governo ao Congresso reflete exatamente o acordo fechado com as centrais sindicais.

“O Brasil sabe que há um acordo com as centrais. O governo não fez nem mais nem menos do que cumprir o acordo”, disse.

O salário mínimo de R$ 538,15 será válido a partir de janeiro de 2011. O mínimo atual é de R$ 510. A regra prevê um reajuste real para o salário mínimo correspondente ao crescimento real do PIB de dois exercícios anteriores. No entanto, como em 2009 não houve crescimento do PIB, mas variação negativa (-0,20%), o reajuste foi calculado pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) previsto para 2010. Segundo Vaccarezza, o mesmo acordo vai permitir que, em 2012, o mínimo tenha um reajuste entre 11% e 12%, com base num crescimento de 7% da economia em 2010 e uma inflação de 4,5%.

Vazamento – Sobre o vazamento de dados fiscais de integrantes do PSDB, Vaccarezza afirmou que isso “não é assunto da campanha de Dilma (Rousseff); é assunto da campanha de (José) Serra, que é de baixo nível”. Para Vaccarezza, a imprensa pode ajudar a apurar o vazamento de sigilo fiscal de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB, identificando o procurador que pediu os dados à Receita.

O deputado lembrou ainda que a quebra de sigilo de quatro integrantes do PSDB está sendo investigado pela Polícia Federal a pedido do PT. Disse ainda que a divulgação de dados sigilosos é crime e não se limita aos tucanos, pois há informações de que centenas de pessoas foram vítimas do delito. “A PF tem de descobrir quem foi o bandido que fez isso, mas esse não é assunto de campanha”, reiterou o líder.

Ele afirmou que os temas que devem ser discutidos são o salto do PIB per capita e o crescimento do emprego. “O Brasil tem agora respeitabilidade internacional e Dilma caiu no gosto do povo. Essa é a realidade com a qual Serra não contava. Ele se achava vitorioso antes de começar o debate eleitoral. Agora entrou em desespero porque caiu nas pesquisas e continua caindo”, disse.

Câmara – Para o cenário político na Câmara pós-eleição, o líder do governo afirmou que a presidência da Câmara deverá ficar com “a articulação que tiver a maioria da Casa”. Ele destacou que o PT tem bons nomes para o cargo como os deputados Henrique Fontana (RS), Arlindo Chinaglia (SP), João Paulo Cunha (SP) ou Marco Maia (RS), e disse não descartar sua candidatura. “Mas primeiro sou candidato a deputado federal”. Sobre a possível candidatura do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Vaccarezza afirmou se tratar de “um bom nome, que tem experiência, mas tudo isso deve ser debatido após a eleição”.

Questionado sobre um possível enfraquecimento da oposição no Brasil, Vaccarezza disse que “alguns segmentos vão se enfraquecer e outros vão se fortalecer”. “Essa linha truculenta de Serra, por exemplo, é a do desespero. É enfraquecida porque não tem apoio da população nem abre diálogo com setores do governo e nem mesmo da oposição. É diferente do que o Aécio Neves (ex-governador de Minas) está fazendo”. Segundo o líder, a linha da truculência “não tem futuro e tende
ao isolamento”.

Equipe Informes, com Assessoria Parlamentar

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