William Bonner age como cabo eleitoral da oposição, diz Ferro

dilma_BH_2William Bonner, apresentador do Jornal Nacional da TV Globo, ao entrevistar a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, na segunda-feira (9), agiu mais como cabo eleitoral da oposição do que como jornalista. A avaliação é do líder da bancada petista na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE),

Durante a entrevista, transmitida ao vivo, Bonner tentou constranger Dilma, interrompendo-a várias vezes com indagações negativas, num tom deselegante e autoritário.

“O comportamento do apresentador do Jornal Nacional revela o seu caráter ideológico, afinado com os interesses da oposição. Isso ilustra bem o comportamento de parte da grande mídia brasileira, que tenta desqualificar as ações do governo Lula e do Partido dos Trabalhadores”, declarou Ferro. Mas, na opinião do líder, Dilma se saiu bem, não aceitando as provocações e dando respostas consistentes sobre o que mais interessa ao povo brasileiro, que é seu programa de governo e a continuidade e aprofundamento das ações que vêm sendo implementadas pelo Governo Lula.

Para o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), o comportamento do apresentador foi preconceituoso e intolerante. “É nítida a má vontade do jornalista William Bonner em relação ao PT. Toda vez que um assunto envolve o partido, ele trata de maneira preconceituosa. Isso tem a ver com a linha editorial da Globo e do próprio jornalista”, afirmou.

Um episódio que ilustra bem essa linha editorial da Globo, segundo o parlamentar, é a cobertura dada pela emissora ao surto mundial da gripe A (H1N1), no ano passado. Na época, recordou Berzoini, a Globo tratou do assunto de uma maneira que deixou seus telespectadores apavorados. “O assunto já estava sendo tratado de forma eficiente pelo governo; no entanto, a emissora ignorava todas as ações de combate, tratamento e prevenção da doença”, afirmou. Apesar do tom alarmista da TV Globo, o Brasil é um dos países mais bem-sucedidos no combate à gripe A, com ampla campanha de vacinação.

Provocações – Ao participar de um comício na noite desta terça-feira (10), em Belo Horizonte, Lula abriu seu discurso dando a Dilma uma rosa simbolizando a calma e a tranquilidade da candidata petista durante a entrevista ao Jornal Nacional.

“Eu, que conheço debates há muitos anos, esperava que pelo fato de você ser mulher e ser candidata, o entrevistador tivesse um pouco mais de gentileza”, afirmou Lula.O presidente disse que a ex-ministra teve “paciência e grandeza”.

“Não fique nervosa nunca, não perca a estribeiras nunca, não aceite provocação nunca. Porque a verdade é que tem muita gente que tem muito medo que uma mulher possa provar que tem mais capacidade de fazer muita coisa do que muitos homens já fizeram neste país”, afirmou Lula.

Edmilson Freitas

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