Fim da crise entre Colômbia e Venezuela fortalece Unasul, diz Nilson Mourão

nilson_mourao_Em reunião histórica realizada nesta terça-feira (10), os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez Frías e da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidiram inaugurar nova etapa nas relações bilaterais, após o rompimento resultante das provocações do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
A normalização do relacionamento entre os dois países fortalece a unidade sul-americana e, acima de tudo , a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), avaliou o deputado Nilson Mourão (PT-AC).

“O restabelecimento das relações entre os dois países fortalece a integração regional e, por outro lado, enfraquece tentativas de países de fora da região de desestabilizar países como a Venezuela, numa afronta a sua independência e soberania”, disse Mourão, numa referência ao papel dos Estados Unidos. O deputado destacou também o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a busca de entendimento entre Colômbia e Venezuela. “E a diplomacia do governo Lula teve um papel central na criação da Unasul”.

O parlamentar concorda também com a tese de alguns analistas de que o fim da crise entre Colômbia e Venezuela tem efeitos que extrapolam a agenda bilateral. Isso porque , na prática, ganha espaço a Unasul, e, de outro, perde influência a centenária Organização dos Estados Americanos (OEA), geralmente com decisões atreladas aos interesses dos Estados Unidos.

Até o encontro de terça-feira entre Cháves e Santos, a Colômbia considerava a Unasul “um foro antiamericano e anticolombiano”, diz Andrés Mejía, analista do Instituto de Ciência Política, de Bogotá. Essa percepção foi motivada por atritos entre o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe e a Unasul até agosto do ano passado, quando a organização criticou duramente um acordo militar entre Washington e Bogotá.

“Santos parece ter superado essa desconfiança e aceitado melhor a mediação da Unasul”, diz Mejía. “Um organismo só crescerá na região se o outro diminuir. Há um processo acentuado de descrédito da OEA e, com isso, a Unasul tentará cada vez mais atrair estes conflitos para sua esfera da influência.”

A Unasul é uma comunidade formada por doze países sul-americanos. Fazem parte do mecanismo a Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela.

História – Em 8 de dezembro de 2004, na cidade de Cusco (Peru) foi realizada a 3ª Reunião de Presidentes da América do Sul. Nesta ocasião, foi redigido um documento (Declaração de Cuzco) que criou as bases para a Unasul. O projeto criado nesta oportunidade ganhou o nome de Casa (Comunidade Sul-Americana de Nações). Em 2007, durante a 1ª Reunião Energética da América do Sul (realizada na Venezuela), o nome foi modificado para Unasul.

O objetivo principal da Unasul é propiciar a integração entre os países da América do Sul. Esta integração ocorrerá nas áreas econômica, social e política. Dentro deste objetivo, espera-se uma coordenação e cooperação maior nos segmentos de educação, cultura, infra-estrutura, energia, ciências e finanças.

Equipe Informes com Agências

 

 

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