Lula assume presidência do Mercosul com o desafio de aprofundar integração

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu nesta terça-feira, até dezembro próximo, a presidência rotativa do Mercosul com o desafio de manter manter a integração regional e o fortalecimento do bloco. “Devemos avançar até que o Mercosul seja algo do qual ninguém tenha a menor dúvida: que somos amigos na construção de um bloco político, econômico, social e cultural”, disse hoje Lula, ao assumir o comando do Mercosul das mãos da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner.

A liderança do bloco é transmitida a cada seis meses para os presidentes dos países membros. O Mercosul existe há 20 anos e é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Chile, Bolívia, Equador, Peru e Colômbia são países associados.

Os presidentes do Mercosul pediram nesta terça-feira uma “rápida conclusão” do processo de adesão da Venezuela como membro pleno do bloco sul-americano, um processo ainda dependente de votação no Senado paraguaio. Segundo um comunicado conjunto, a incorporação da Venezuela “trará benefícios ao fortalecimento do grupo, ajudando a impulsionar a integração regional”. O Senado do Paraguai, dominado pela oposição, é o único que não se pronunciou ainda sobre a incorporação da Venezuela ao bloco.

Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-SP), ex-presidente do Parlasul, a presidência do Brasil no bloco nos últimos seis meses do governo do presidente Lula deverá representar avanços. “Acho que ainda temos de avançar na questão da institucionalidade do Parlamento do Mercosul, em uma representação mais cidadã, e na direção de tornar o Tribunal de Controvérsias mais efetivo”, disse.

O Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão de decisão política do bloco, reuniu-se em San Juan (Argentina) com a participação de chanceleres, ministros de Economia e Indústria e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros do bloco, além de representantes da Venezuela e dos outros cinco associados. Também participaram membros do Parlamento do Mercosul (Parlasul) e representantes da sociedade civil.

No encontro foi fechado o acordo de livre comércio entre o Mercosul e o Egito, o que permitirá a eliminação gradativa de tarifas sobre produtos brasileiros exportados para o Egito, como carros, café e frango, e de mercadorias egípcias importadas, como adubo e algodão. O Egito é o segundo país de fora da América do Sul a ter um acordo de livre comércio com o Mercosul. O primeiro foi Israel, cujo acordo foi assinado em 2007, mas só entrou em vigência em abril deste ano.

Equipe Informes

 

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