Subiu o percentual de famílias que avaliam ter alimentos suficientes ao final do mês, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento foi feito em 55.970 domicílios no país. O percentual de famílias que avaliam ter alimentos suficientes para chegar ao fim do mês é de 64,5% (2008-2009), superior aos 53% da pesquisa feita em 2002-2003.
Na avaliação do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), presidente da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, as estatísticas reforçam o acerto do governo Lula e do Congresso Nacional que incluíram na Constituição a alimentação entre os direitos sociais. “Isso é o reflexo também de políticas sociais do governo como o Bolsa Família, restaurantes populares e o Pronaf, que estão permitindo que os brasileiros tenham condições de se alimentar melhor e por um período maior”, afirmou Nazareno Fonteles.
O deputado enfatizou também que não só os brasileiros estão comendo mais, como a população menos favorecida está ascendendo de classe social. Ele se refere a números divulgados recentemente que revelam que mais de 32 milhões de brasileiros mudaram das classes D e E para a classe C e destes 32 milhões cerca de hum milhão são da agricultura familiar.
“É um conjunto de políticas públicas adotadas pelo governo Lula que tem permitido emprego, renda, financiamento para os pequenos e aumento da produção de alimentos. E o resultado é que mais brasileiros estão vendo ser cumprido o direito constitucional à alimentação”, afirmou.
Diferença regional – O levantamento do IBGE revelou também que, embora os brasileiros estão tendo mais alimentos por mês, ainda permaneceram algumas diferenças regionais. No Norte e no Nordeste, 50% das famílias reclamaram de insuficiência na quantidade de alimentos consumidos. No Sul e no Sudeste, o percentual é quase a metade: 23% e 29%, respectivamente.
Para Nazareno Fonteles, a situação no Nordeste só não é pior porque o Bolsa Família tem garantido à população renda para aquisição da cesta básica. “Os agricultores familiares também estão produzindo mais e com mais qualidade depois que tiveram acesso ao crédito, por meio do Pronaf”, disse. Nazareno acrescentou ainda que foi fundamental o programa do governo que garante a aquisição destes produtos pela Conab. “Além do financiamento, hoje o pequeno produtor tem segurança da venda do seu produto”.
O presidente da Frente Parlamentar enfatizou ainda que é preciso fortalecer a segurança alimentar no país, com políticas públicas que mantenham a desoneração dos produtos da cesta básica que mantenham e aprimorem as políticas sociais e que estimulem o aumento da produção de alimentos e otimize a sua distribuição. “É preciso ainda aumentar os estoques de alimentos e garantir a política de preço mínimo”, finalizou Nazareno Fonteles.
Vânia Rodrigues, com Agência Brasil
