Parlamentares da Bancada do PT criticaram a aprovação, nesta quarta-feira (15), pelo plenário, da prorrogação do funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lei Rouanet por mais 60 dias. Os petistas afirmam que a CPI foi criada com o objetivo de tentar criminalizar o movimento cultural que se posicionou contra o golpe parlamentar no país.
O Líder do PT, Carlos Zarattini (SP), afirmou que a CPI não tem sequer objetivo claro. “Não consideramos correto que se faça alguma prorrogação de CPI sem sequer termos os motivos para essa prorrogação. Ela teve o seu período de trabalho, não houve nenhum tipo de obstrução ou de impedimento para que funcionasse. Então, deveria ter sido apresentado o relatório. Isso não aconteceu. É inconcebível ficarmos com a Câmara paralisada por conta de CPI, enquanto existem outros debates importantes”, disse.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), titular no colegiado, reiterou que não há justificativa para a prorrogação dos trabalhos da CPI. “A não ser essa tentativa vã de quem imaginou que essa CPI seria um espaço para penalizar o governo Dilma Rousseff, o governo Lula e os movimentos culturais. Mas eles não têm conseguido comprovar nada. Aliás, essa CPI foi criada na perspectiva de criminalizar o movimento cultural que se posicionava contra a ruptura democrática que está em curso neste País. Esse golpe não fica circundado e tem esgaçado os tecidos sociais dos direitos e da democracia”, enfatizou a petista.
Também o deputado Zé Geraldo (PT-PA) criticou a prorrogação da CPI. “Não vai se chegar a lugar nenhum com a prorrogação desta CPI. A verdade é que somente a partir dos governos Lula e Dilma é que democratizamos mais os recursos da Lei Rouanet, inclusive, para regiões como a Amazônica, que, historicamente, ficou de fora, sem acessar os recursos dessa lei”, explicou.
Gizele Benitz
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