Banco Mundial alerta para até 3,6 milhões de ‘novos pobres’ no País em 2017; petistas culpam política recessiva de Temer

pobreza

A política de redução de direitos sociais, de recessão econômica e os ataques a direitos previdenciários e trabalhistas promovidos pelo governo golpista de Michel Temer devem aumentar ainda mais a pobreza no País.

Essa é a avaliação dos deputados petistas Patrus Ananias (MG), Benedita da Silva (RJ) e Afonso Florence (BA) sobre o estudo do Banco Mundial- divulgado pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (13) – que aponta aumento no número de pessoas vivendo na pobreza no Brasil. Segundo a instituição internacional, entre 2,5 milhões e 3,6 milhões devem cair de condição social até o fim deste ano. Uma das saídas apontadas pelo Banco Mundial para reverter a situação é a ampliação do Orçamento do Bolsa- Família.

O contingente dos “novos pobres”, como são denominados pela instituição, é formado por pessoas que estavam acima da linha de pobreza em 2015, e que já caíram ou cairão abaixo dela em 2017. A maioria é de adultos jovens, de áreas urbanas, com escolaridade média e que foram expulsas do mercado de trabalho formal pelo desemprego.

Para o deputado e ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula (2004-2010), Patrus Ananias, era previsível que esse retrocesso iria ocorrer a partir da ascensão do governo golpista de Temer ao poder.

“O governo golpista não tem compromisso com os mais pobres, mas sim com o grande capital financeiro nacional e internacional. Por isso a política recessiva e de desmonte de políticas sociais e a tentativa de aprovação das reformas que retiram direitos, como a da Previdência e a Trabalhista. Infelizmente vamos voltar ao Mapa da Fome, do qual havíamos saído em 2014. Está em marcha a desconstrução da Rede de Proteção Social implementada pelo PT e que tem como base a Constituição 1988”, lamentou.

Segundo as projeções de técnicos do Banco Mundial, para interromper o crescimento da pobreza extrema e retornar aos níveis de 2015 seria preciso ampliar o orçamento do Bolsa-Família este ano em R$ 30,4 bilhões no cenário mais otimista ou para R$ 31 bilhões no quadro mais pessimista. Mas, para 2017, o programa tem R$ 29,8 bilhões garantidos. O relatório aponta ainda que entre 810 mil e 1,1 milhão de famílias precisariam entrar no programa neste ano.

Ao lamentar o retrocesso social esperado, a deputada Benedita da Silva observou que- ao contrário do que defende o Banco Mundial- o governo ilegítimo e golpista de Temer prefere adotar a linha de ataque a direitos sociais, previdenciários e trabalhista como discurso de recuperação da economia.

“Vejo com muita tristeza a divulgação desse estudo internacional. O Brasil, que havia retirado da pobreza 36 milhões de pessoas, agora enfrenta esse retrocesso por conta da política recessiva e de ataques a direitos sociais de Temer. Não vamos recuperar a economia com políticas que aumentam o desemprego e a pobreza”, observou.

Da mesma forma, o deputado Afonso Florence destacou que a linha de ação de Michel Temer apenas aprofunda a recessão.

“Nos governos do PT surgiu uma nova classe média que, agora, infelizmente está voltando a ser pobre novamente graças às políticas recessivas de Michel Temer. Reduzir investimento público em obras como as do PAC, aumenta o desemprego, assim como restringir políticas públicas como o Minha Casa Minha Vida e ações sociais como o Bolsa-Família, só aprofundam a recessão levando as pessoas de volta à pobreza”, lamentou.

Héber Carvalho

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