O deputado Pepe Vargas (PT-RS) participou nesta segunda-feira (6), na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), em Porto Alegre, de debate sobre a Reforma da Previdência e os riscos para os agricultores e as agricultoras familiares. No encontro, que reuniu deputados federais, estaduais e sindicalistas, o parlamentar, que foi ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Dilma Rousseff, observou que a proposta do governo golpista de Michel Temer (PMDB) e seus aliados visa retirar direitos dos trabalhadores, especialmente os do campo.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, apresentou aos parlamentares um balanço da atual situação da Previdência Social e sustentou que os trabalhadores rurais não são os responsáveis pelo rombo nas contas da previdência, mas sim os que pagam a contribuição e ainda recebem em sua esmagadora maioria (95,5%) apenas um salário ao se aposentarem. A proposta do governo, afirmou Carlos Joel, trará prejuízos incalculáveis aos trabalhadores, sejam rurais ou urbanos.
O dirigente reconheceu o trabalho de Pepe tanto à frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) quanto como deputado federal e solicitou que a bancada gaúcha no Congresso Nacional ajude a pressionar para que o governo recrie a pasta responsável pelas políticas voltadas para a agricultura familiar. “Estamos mobilizados e vamos lutar com todas as nossas forças para não perder nenhum direito”, afirmou o dirigente.
Pepe argumentou que o governo diz meias verdades e omite que a Previdência é superavitária – em 2015, por exemplo, o superávit foi de R$ 11 bilhões – e que a população economicamente ativa continuará crescendo até 2045. Para evitar a perda de direitos, o deputado defendeu também a unidade e compromisso entre os parlamentares com histórico de defesa da agricultura familiar. “Tenho total identidade com as pessoas que estão aqui, por isso defendo a criação de comitês que mobilizem os trabalhadores para o debate para evitar que o Congresso Nacional aprove a retirada de direitos dos trabalhadores”.
Assessoria Parlamentar