A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) registrou em pronunciamento no plenário participação na conferência internacional “O Empoderamento da Mulher na Política e suas Tomadas de Decisão”, realizada no México, no início deste mês. “A convite do Partido da Revolução Democrática (PRD) participei de um grande debate, onde a presença majoritária era de mulheres. Tivemos uma grande oportunidade de debater e dialogar o tema”, disse.
A parlamentar petista avaliou como positivo o debate. “Vimos que é possível conciliar a presença das mulheres no Parlamento, a partir do fato de que as reformas políticas que ainda serão feitas deverão garantir essa presença. Essa é uma prática do meu partido, o Partido dos Trabalhadores”, destacou.
Situação no Brasil – A deputada Benedita da Silva disse ainda que o encontro foi uma oportunidade para apresentar a situação das mulheres no Brasil. “Foi importante porque falei sobre a baixa representatividade feminina no Parlamento brasileiro e a nossa luta para ampliarmos a participação da mulher na política. Informei que, apesar das mulheres representarem 51,7% dos eleitores brasileiros, a presença feminina na Câmara dos Deputados é de apenas 9% e no Senado Federal de 10%”.
Além disso, acrescentou Benedita da Silva, “como parâmetro além do Congresso Nacional, informei que São Paulo, a maior cidade brasileira, possui apenas 9% de vereadoras na Câmara Municipal e que, entre as 26 capitais brasileiras, somente duas têm uma mulher à frente da gestão municipal. Segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), a pífia representatividade feminina na política brasileira posiciona o país em 120º lugar em um ranking da proporção de mulheres nos parlamentos em todo o mundo, o que significa que estamos ainda muito aquém do que necessitamos para que as pautas inerentes às cidadãs brasileiras possam avançar em nosso Parlamento”, enfatizou.
Golpe – Ainda de acordo com a deputada do PT, durante o seminário no México houve oportunidade de se fazer “uma ampla e necessária explanação sobre o afastamento ilegal e machista da presidenta Dilma Rousseff”.
Gizele Benitz
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