Taxa de desemprego sobe com governo golpista

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O governo golpista de Michel Temer vendeu uma expectativa positiva, mas está entregando uma realidade bem diferente ao povo brasileiro. A taxa de desemprego no Brasil subiu em todas as regiões, no terceiro trimestre de 2016, em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O maior índice foi apurado no Nordeste, onde o índice passou de 10,8% para 14,1%.

No Sudeste, a taxa pulou de 9% para 12,3% e no Norte, de 8,8% para 11,4%. A menor é a da região Sul (7,9%, ante 6% no ano passado), enquanto no Centro-Oeste subiu de 7,5% para 10%. As informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgadas na manhã de hoje (22). A taxa média é de 11,8%, o que corresponde a 12,022 milhões de desempregados no país.

O deputado Enio Verri (PT-PR), que é economista e professor licenciado da Universidade estadual de Maringá, analisa essa conjuntura a partir da constatação de que Michel Temer chegou ao poder financiado pelo grande capital, mas, em especial, pelo capital especulativo. Em função disso, segundo o parlamentar, todas as políticas anunciadas pelo governo até agora favorecem esse capital especulativo, inexistindo qualquer fato concreto que beneficie o setor produtivo.

“Ou seja, nada foi feito para fazer a economia melhorar, e os dados refletem essa situação. Uma coisa é a expectativa, outra coisa é a realidade. Tudo o que foi feito até agora concentra e exclui. O que está acontecendo é apenas uma amostra do que serão os próximos anos. Essas políticas vão agravar ainda mais esse cenário, fazendo com que o capital especulativo ganhe mais e o desemprego aumente, sobretudo nas regiões mais pobres do País”, avalia Enio Verri.

Para o deputado José Guimarães (PT-CE), a economia brasileira está derretendo nesses seis meses de governo golpista. “Estão levando o Brasil à mais grave recessão da dos últimos anos. O Nordeste, por exemplo, saltou de 10,8% para 14%. Em São Paulo, o desemprego disparou, com uma alta superior à média do País. Não tem retomada do crescimento sem investimento público. As obras do PAC Nordeste estão todas paradas, o emprego sumiu e nós vamos para uma situação de crise e convulsão social. O Brasil está entrando num beco sem saída”, detalha o petista.

Situação nos estados – Os estados com maior taxa de desemprego são Bahia (15,9%), Pernambuco (15,3%) e Amapá (14,9%). E os menores, Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso do Sul (7,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%). Com taxa de 12,8%, São Paulo concentra 3,111 milhões de desempregados, um quarto do total nacional. Em um ano, o crescimento foi de 38,4%, um acréscimo de 864 mil pessoas. Essa alta é superior à media do país (33,9%).

O rendimento médio fica acima da média brasileira (R$ 2.015) nas regiões Sudeste (R$ 2.325), Centro-Oeste (R$ 2.288) e Sul (R$ 2.207) e abaixo no Norte (R$ 1.539) e no Nordeste (R$ 1.348). Em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, o Centro-Oeste tem estabilidade e as demais registram queda, com destaque, segundo o instituto, para o Nordeste, onde a retração foi de 3,9%.

Mulheres – Na população desocupada, o percentual de mulheres foi superior ao de homens. No 3º trimestre de 2016, elas representavam 50,1% dos desocupados no Brasil. Apenas na região Nordeste o percentual de mulheres na população desocupada (47,7%) foi inferior ao de homens. Já a maior participação das mulheres dentre os desocupados foi observada na região Centro-Oeste (52,1%).

O grupo de 14 a 17 anos de idade representava 8,6% das pessoas desocupadas e os jovens de 18 a 24 anos eram 32,6% no Brasil. Os adultos de 25 a 39 anos de idade (35,2%) representavam a maior parcela entre os desocupados.

No 3º trimestre de 2016, 51,8% das pessoas desocupadas tinham concluído pelo menos o ensino médio. Cerca de 25,0% não tinham concluído o ensino fundamental. Aquelas com nível superior completo representavam 8,3%. Importante destacar que estes resultados não se alteraram significativamente ao longo da série histórica disponível.

PT na Câmara com agencias e IBGE 

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