Para o petista, há uma “inversão muito forte da vocação parlamentar original”, criando no eleitor uma dificuldade de compreender a necessidade de o parlamentar se preocupar com outros temas que não sejam só a execução orçamentária. Na opinião de Paulo Delgado, esse papel caberia ao Executivo, e, ao parlamentar, o de formulador e de organizador do debate nacional, além ser um fiscalizador do Poder Executivo.
Segundo ele, “fica extremamente difícil trabalhar temas de interesse geral e coletivo que não possam se circunscrever ou que não se enquadrem dentro do esboço e da engenharia das chamadas emendas parlamentares individuais e coletivas de bancada”.
Ele alertou que a população brasileira deve olhar também para as grandes formulações nacionais, aliando-as às riquezas materiais e ao progresso porque passa o País. Ele frisou que as conquistas materiais não significarão nenhum avanço do País se não estiverem presentes na organização nacional ao lado de outros grandes temas como “qualidade de vida, a espiritualidade, as instituições novas que o Brasil deve reconhecer.”
O petista destacou que há inúmeras autoridades e instituições educacionais, religiosas, filantrópicas que se preocupam com as chamadas “agendas do tempo subjetivo, da subjetividade e da espiritualidade, sem objetivos eleitorais”. Na opinião de Paulo Delgado, essa abordagem é fundamental e deve também fazer parte dos debates da campanha eleitoral deste ano.
Equipe Informes
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