Petistas alertam que deputados ausentes na sessão da Câmara podem estar protegendo Cunha

HenriqueMoema

Os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e Moema Gramacho (PT-BA) alertaram a população brasileira, na tribuna da Câmara, sobre a existência de manobras de parlamentares para salvar o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do processo de cassação marcado para esta segunda-feira (12). 

“Quem não marcar presença e quem não votar é porque, de fato, quer absolver Cunha. Não há meia palavra na sessão de hoje. E o alerta que eu faço desta tribuna é que parte da base de sustentação do Governo ilegítimo do golpista Michel Temer manobra para impedir a votação hoje e amanhã”, denunciou Fontana.

“A presença hoje é mandatória. Alguns comentavam aqui nos corredores: Parece-me que o quórum está meio baixo. Quem sabe não devamos votar, porque isso é um risco. Não! Não há risco nenhum”, afirmou Henrique Fontana, lembrando que o parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar recomendando a perda de mandato de Cunha já deveria ter sido votado.

Ainda, conforme relatou Fontana, os pares de Cunha estão costurando acordo “nos escaninhos e nos corredores para tentar empurrar a votação para depois das eleições”. Segundo o petista, há a chantagem de Cunha sobre alguns parlamentares e sobre o Governo golpista de Temer.

“Isso porque ele tem muitas coisas a contar de como Temer chegou ilegitimamente à Presidência”, afirmou Fontana, que para sustentar a argumentação, recomendou que todos ouçam o diálogo entre o senador Romero Jucá com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

A deputada Moema Gramacho disse que a população está com os olhos voltados para o destino que a Câmara vai dar a Eduardo Cunha, neste 12 de setembro. “Eu quero dizer que a população está de olho. Os que não comparecerem aqui ou votarem contra a cassação de Cunha são cúmplices dele. Estão com medo de Cunha, do que ele possa denunciar após cassado”.

Em seu discurso, Moema listou a ficha corrida do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ela lembrou que, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado afastado responde, entre outros, a processo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além disso, ele é réu acusado de ter recebido de lobistas, propina de 5 milhões de dólares para viabilizar o contrato de navios-sondas pela Petrobras. Ainda, conforme elencou a deputada, Cunha também é réu no STF por ter mantido contas secretas na Suíça para, supostamente, receber propina.

Benildes Rodrigues

Foto: GustavoBezerraSaluParente/PTnaCâmara

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