Petistas criticam golpistas que querem implantar no País programa derrotado nas urnas e reafirmam que Dilma não cometeu crime

plenario08082016

Deputados da Bancada do PT na Câmara usaram a tribuna da Câmara nesta terça-feira (30) para elogiar a altivez, a firmeza e a tranquilidade da presidenta Dilma Rousseff, que foi questionada por senadores por mais de 13 horas e conseguiu comprovar que não praticou nenhum crime de responsabilidade. Eles reafirmaram que a democracia está sendo golpeada por aqueles que por quatro vezes tentaram implantar no País uma agenda impopular e antinacional, mas foram barrados nas urnas.

A presidenta Dilma, na avaliação do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), desmontou com argumentos sólidos, um a um, todos os argumentos dos senadores golpistas, que queriam sustentar que ela praticou crime de responsabilidade.

Pellegrino lembrou que ao longo desse processo, a cada audiência, ficava mais claro que a presidenta Dilma não participou do processo de destinação dos recursos para o Plano Safra, que não houve dolo, e que os procedimentos foram adotados dentro do que estava estabelecido pelo Tribunal de Contas da União. “E, quando o TCU mudou a regra, o governo também mudou”, frisou. E provocou: “Acho que alguns deputados que vêm aqui a esta tribuna deviam assumir que estão dando um golpe no País, deviam assumir isso”.

O deputado Caetano (PT-BA), depois de elogiar a presidenta Dilma e repudiar o golpe, afirmou que tudo piorou no País depois de o presidente ilegítimo Michel Temer assumiu o poder. “A inflação aumentou, o desemprego aumentou, os juros aumentaram. E Temer, o que diz? Temer agora quer jogar a crise nas costas dos trabalhadores, do povo brasileiro” criticou.

E o mais grave, continuou Caetano, ainda há a ameaça de reduzir as conquistas sociais, retirar recursos da saúde, da educação, do Minha Casa, Minha Vida, do Bolsa Família, do Pronatec, do Ciência sem Fronteiras, reduzir as conquistas trabalhistas, previdenciárias, elevar a aposentadoria para 70 anos, 75 anos, congelar salários, demitir.

“Está errado! Por que não colocar tudo isso no andar de cima, taxando as grandes fortunas? O andar de cima é que manda no Governo de Temer, foi o andar de cima, que se juntou com a Globo e com a grande mídia para dar o golpe neste País”, criticou.

“Nós temos que reagir para não aceitar esse pacote contra a sociedade brasileira de tirar o emprego, a renda, de sufocar a sociedade, modificar as leis trabalhistas, o sistema previdenciário do nosso País, direitos, a duras penas, conquistados pelo povo”.

O deputado Jorge Solla (PT-BA) também parabenizou a presidenta Dilma Rousseff. “Ela colocou uma pá de cal sobre qualquer acusação. Pois por terra todas as tentativas de achar uma razão para o golpe”, afirmou. Solla destacou que Dilma enfrentou mais uma vez na sua vida um tribunal de exceção. “É interessante observar como alguns parlamentares tirados a valente, que ficam aqui arrotando valentia, que fazem loas aos generais torturadores, não conseguem enfrentar um debate na televisão”.

Jorge Solla se referia ao candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado Flávio Bolsonaro (PSC), que passou mal durante o primeiro debate de televisão, promovido pela Band, na noite desta quinta-feira (25). “Se não conseguem encarar nem um debate entre candidatos, imaginem se teriam coragem de enfrentar o Senado da República, com um bando de corruptos tentando achar um crime, tentando achar uma razão para fazer um golpe”, enfatizou.

O deputado Valmir Assunção (PT-BA) disse que sentia orgulho da presidenta Dilma. “O depoimento da presidente Dilma no Senado deixou orgulhoso qualquer um que faz política com seriedade, com princípio e com honestidade neste País”. Para Valmir Assunção, quem sentou naquela cadeira do Senado não foi simplesmente a presidenta Dilma. “Ela estava ali sentada depondo, mas ali também estavam o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos, a valorização do salário mínimo, o PAA, a reforma agrária, o Pronaf, o Luz para Todos, a mobilidade urbana e todos os programas sociais”.

O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), além de elogiar a presidenta, alertou que o golpe parlamentar abre um precedente complicado no País. “Este golpe abrirá a oportunidade para que todos que ocupam cargo no Executivo, se houver discordância política com o Poder Legislativo, sejam eles prefeitos ou governadores, também sofram afastamento e golpes, como estão tentando aplicar na presidenta Dilma”.

Para Leonardo Monteiro, a presidenta Dilma representa a grande maioria da população brasileira: as mulheres, os negros, os excluídos deste País, que foram incluídos com políticas públicas importantes implantadas no governo Lula, do qual ela fez parte, e no seu próprio governo. “Mas ela foi e está sendo impedida de governar por uma oposição raivosa e por, inclusive, alguns aliados que viraram a casaca e compuseram a maioria para afastá-la da Presidência da República”.

O deputado Zé Carlos (PT-MA) destacou que a presidenta Dilma conseguiu desqualificar, uma a uma, todas as acusações dos golpistas. “Não há dúvidas de que a presidenta Dilma não cometeu nenhum crime de responsabilidade, que ela não descumpriu a nossa Constituição”.

PT na Câmara
Foto: Divulgação

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