Mais de 30 mil pessoas saíram às ruas no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (5) para pedir a saída do golpista Michel Temer. O ponto de encontro foi o calçadão em frente ao Hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio de Janeiro.
Organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o ato tinha o objetivo de denunciar o golpe em curso no Brasil, aproveitando o dia da abertura oficial dos Jogos Olímpicos para amplificar as notícias nacionais e internacionais sobre o assunto.
“Hoje é um dos eventos mais importantes desse processo de resistência ao golpismo, porque toda a imprensa internacional está aqui e podemos fazer a denúncia e o repúdio internacional ao golpe”, afirmou o secretário nacional de comunicação e vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, presente à manifestação.
E a denúncia internacional já começa a fazer efeito, ressaltou Cantalice. “Nosso ato já foi noticiado por quase todos os grandes veículos internacionais, está nos principais portais do mundo”.
Para a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o ato mostra que o povo brasileiro não aceita o golpe e quer a volta da presidenta eleita Dilma Rousseff. “Isso daqui é um ato para mostrar ao mundo e ao Brasil que nós não aceitamos que um golpista abra as Olimpíadas, que a democracia seja burlada no Brasil. E essa massa de gente que está aqui está dizendo ‘chega! Vamos derrotar o impeachment’”, declarou.
“Queremos dizer, não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro, que hoje está olhado para o Rio de Janeiro, que há no nosso País um governo ilegítimo, um presidente que não recebeu o voto de ninguém e mais do que isso, que quer aplicar um programa de retrocessos que também não foi eleito”, afirmou o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, Guilherme Boulos.
Além do Fora Temer, os manifestantes também pediam a volta da presidenta Dilma, a permanência de direitos e contra contra a entrega do pré-sal.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) garantiu que aqueles que defendem a democracia “não jogaram a toalha” e continuam na luta contra o impeachment de Dilma. “Nós ainda acreditamos que podemos reverter esse processo lá no Senado”.
Agência PT de Notícias
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