Na extensa lista de maldades protagonizadas pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, destaca-se a retaliação contra cerca de 200 indígenas, quilombolas e outros representantes de povos tradicionais que, em outubro de 2015, protestavam na Câmara contra a PEC 215, que transfere do Executivo para o Congresso Nacional a premissa de demarcar territórios indígenas e de populações tradicionais.
Irritado com a insistência dos manifestantes em permanecer nas dependências da Câmara e pouco sensível às reivindicações, o então presidente Eduardo Cunha mandou desligar a energia elétrica e o ar condicionado do local onde os indígenas e quilombolas realizavam uma vigília para marcar os 27 anos da promulgação da Constituição Federal e protestar contra a PEC 215.
Mas os índios, quilombolas, marisqueiras e pescadores artesanais não se intimidaram com a violência e passaram a noite na Câmara e, mesmo no escuro, cantaram e dançaram no plenário durante a madrugada. Sem microfone, no calor e no escuro, os indígenas davam testemunhos de violência e abuso policial em suas comunidades.
PT na Câmara