Deputados apóiam propostas de Dilma aos empresários e citam autoridade da ex-ministra

22-03-10-ferro-D1Parlamentares da bancada do PT na Câmara apoiaram e elogiaram as propostas apresentadas hoje pela pré-candidata do PT à Presidência da República, ex-ministra Dilma Rousseff, aos empresários brasileiros. Em sabatina na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Dilma defendeu a reforma tributária, a desoneração da produção, o controle da inflação através da política de metas, a robustez fiscal e o acúmulo de reservas. A ex-ministra também anunciou que, se eleita, vai criar o Ministério da Micro, Pequena e Média Empresa.

Na avaliação do líder da bancada do PT, deputado Fernando Ferro (PE), que acompanhou a sabatina dos três principais pré-candidatos (Dilma, José Serra e Marina Silva) na sede da CNI, em Brasília, Dilma Rousseff tem mais autoridade política para dialogar com a classe empresarial. “Dilma faz parte desse ciclo virtuoso da economia brasileira. Durante os dois mandatos do presidente Lula ela integrou a equipe de governo ajudando a construir uma política de desenvolvimento econômico sustentável, com geração de emprego e distribuição de renda. Então, ela melhor do que os outros candidatos tem condições de dar continuidade a essa política e avançar nas reformas que são necessárias ao Estado”, afirmou.

Fernando Ferro também destacou a proposta de criação do Ministério da Microempresa. “É uma iniciativa interessante e criativa para esse novo momento da economia brasileira”, enfatizou o líder, destacando que uma política macro para empresas e indústrias acaba não atendendo as necessidades específicas das pequenas e médias indústrias. “A pasta permitirá ao governo criar incentivos tecnológicos, linhas de crédito e desonerações específicas para este setor tão importante na geração de emprego do país”, disse.

A criação do Ministério da Microempresa empolgou o presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado Vignatti (PT-SC). “É de extrema importância um ministério específico para este setor”, afirmou o petista, lembrando que das 5 milhões de empresas brasileiras com CNPJ, 98,2% são micro e pequenas. Vignatti acrescentou que o ministério será decisivo para a consolidação da lei geral do setor, construída no governo Lula. “O país ainda tem 11 milhões de informais que estão aderindo ao regime tributário Simples Nacional, são mais de 3 mil adesões por dia. Essas empresas não podem ter o mesmo tratamento da indústria de grande porte”, defendeu.

Reforma Tributária – O deputado Pepe Vargas (PT-RS), presidente da Comissão de Finanças e Tributação, destacou o compromissão da pré-candidata petista com a reforma tributária. “Ela (a reforma) é fundamental e para ser aprovada passa pela criação de um Fundo de Compensação dos estados”. Ele citou que todas as tentativas de reforma que tramitaram no Congresso não avançaram pela falta deste fundo de compensação. Pepe Vargas considerou também essencial o Ministério da Microempresa. “Este é o setor que mais emprega no Brasil e é justo que receba um tratamento direcionado”. O deputado enfatizou ainda que hoje, com o governo Lula, o Brasil tem uma política industrial com desoneração tributária seletiva, com incentivo à exportação e com o BNDES financiando empresas e produção.

Também recebeu com otimismo as propostas da pré-candidata petista o deputado Jilmar Tatto (PT-SP), ex-presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico. “O novo ministério e a defesa da reforma tributária mostram o seu compromisso com a continuidade de um modelo econômico que valoriza a produção nacional, o crescimento sustentável e a distribuição de renda”, afirmou.

Vânia Rodrigues

 

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