Dilma firma compromisso com desenvolvimento e distribuição de renda para fim da miséria

DilmaCNI2A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, assumiu hoje três compromissos com os empresários brasileiros: situar a economia brasileira entre as mais ricas do mundo e crescer de forma sustentável a taxas elevadas; melhorar a renda per capita com distribuição de renda de forma definitiva e permanente e eliminar a miséria e a pobreza.

A ex-ministra do governo Lula e os outros presidenciáveis participaram de sabatina realizada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

Dilma reforçou que, se eleita, é possível cumprir o compromisso assumido. “Isso porque sabemos o que fazer e como fazer, porque já fizemos e temos a experiência comprovada de quem já realizou e que sabe que ainda falta avançar ainda mais”, afirmou. Dilma enfatizou também que o governo Lula rompeu com anos e anos de estagnação e desigualdade. “Criamos uma nova realidade, que é baseada hoje em oportunidades. Hoje olhamos o Brasil com outros olhos”, acrescentou.

Outro compromisso assumido com os empresários foi com a criação do Ministério da Micro, Pequena e Média Empresa. “Essa pasta é estratégica para garantir a robustez da indústria. As políticas de crédito e os incentivos tributários para este tipo de empresas e indústrias precisam ser diferenciadas”, justificou.

Política industrial – Dilma Rousseff disse aos empresários que a política industrial brasileira precisa de três eixos para melhorar as exportações e a competitividade no exterior: desoneração tributária, financiamento das exportações e, sobretudo, estrutura dos portos. Ela defendeu também que o Brasil exporte manufaturados e não apenas commodities. ” Ninguém faz exportação de manufaturados sem política industrial. Uma coisa está ligada à outra. Isso significa, de forma simples, tudo que pode ser produzido no Brasil deve ser produzido no Brasil”, afirmou.

PAC – Durante o debate, ao ser questionada sobre a infraestrutura do país, a ex-ministra afirmou que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não é uma lista de obras. “O PAC foi um mecanismo concentrado de gestão de um lado e de outro. O governo federal usou o PAC para dizer aos poderes estaduais e municipais que o investimento está na ordem do dia”. Ela enfatizou que no PAC 2 o governo Lula mudou a visão de infraestrutura. “Voltamos para o eixo social e urbano. Vamos investir nas cidades brasileiras, priorizar saneamento, urbanização de favelas, drenagem e equipamentos urbanos – creche, escolas, saúde”, citou.

Reforma Tributária – “Sou inteiramente favorável à reforma tributária e assumo compromisso. Ela é um elemento essencial. É a reforma das reformas”, afirmou Dilma. Ela afirmou que a reforma é essencial para melhorar a competitividade e permitir que o Brasil dê salto para o crescimento sustentável. Dilma alertou, no entanto, que a reforma tributária não exclui ação pontual, que seja tomada mais rapidamente. “Senão a gente gasta uma energia política excessiva e não consegue nem uma coisa, nem outra”. Dilma reconheceu que a situação tributária brasileira é caótica.”Ela onera todo mundo. Onera empresas e onera o governo. O ato de arrecadar fica caríssimo”, completou.

A ex-ministra defendeu a desoneração da cadeia produtiva de bens de capital. “Nós devemos completar a desoneração de bens de capital, permitindo que haja o aproveitamento imediato dos créditos de PIS/Pasep, Cofins, IPI. Hoje eles vazam e não são considerados. Além do aproveitamento imediato dos créditos, acredito que seja muito importante outras medidas que impliquem desoneração da cadeia. Que haja desoneração de bens de capital e de todos os elementos que participam dos investimentos e das exportações”, afirmou.

Vânia Rodrigues

 

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