A aprovação da admissibilidade do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi o maior destaque das páginas dos principais veículos de todo o mundo. No argentino “Página 12″, o golpe foi destaque na edição impressa. O jornal publicou ainda o texto “O homem dos 2%”, fazendo referência à baixa popularidade de Michel Temer.
No jornal mexicano “La Jornada”, o texto destaca que chegarão ao governo partidos que foram “sucessivamente derrotados” nas últimas eleições – PSDB e DEM.
Segundo “La Jornada”, o governo de Temer não será de ‘notáveis’ porque “os melhores de cada especialidade dificilmente participariam de um governo ilegítimo”, além de que Temer “carece de apoio popular e de poder de decisão”.
O jornal britânico “The Guardian” acompanhou a votação e escreveu: “Rousseff, a primeira presidente mulher do Brasil, terá que sair do cargo por ao menos seis meses, enquanto ela é julgada na Câmara Alta [Senado] por alegadamente manipular contas do governo antes da última eleição. Seus juízes serão senadores, muitos dos quais são acusados de crimes mais sérios”.
Já o norte-americano “The New York Times” afirmou que, apesar de seu afastamento, Dilma “é rara entre políticos de alto escalão no Brasil na medida em que não enfrenta acusações de enriquecimento ilícito”.
A agência de notícias “Prensa Latina” repercutiu a sessão do Senado, destacando a defesa apresentada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. “Querem construir uma tese, uma fantasia retórica para tirar do cargo uma presidente democraticamente eleita”.
A multiestatal “Telesur” acompanhou minuto-a-minuto a votação do processo e escreveu que o Brasil será comandado a partir de agora por Temer que, “há meses vinha preparando um projeto de governo abertamente neoliberal”.
O início do processo de impeachment “é um claro indício de que se enterra o modelo de democracia representativa e se substitui por um governo de monopólios e grupos financeiros”.
Da Redação da Agência PT de Notícias