O deputado Padre João (PT-MG), presidente da Comissão de Direitos Humanos, conclamou a sociedade brasileira para resistir ao golpe na luta pela democracia. “Mais do que nunca, temos que nos organizar nas redes sociais, nas ruas, porque o golpe em curso não está dado, o jogo está sendo jogado. O pior time é aquele que abandona o campo. Por isso, todos são bem-vindos!”, afirmou o petista.
“Não podemos ficar reféns nem de Michel Temer, nem de Eduardo Cunha, que, mesmo afastado, continua operando. Nós sabemos do poder econômico de Eduardo Cunha, do poder dos seus conchavos em todos os setores — sejam do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, sejam do Judiciário”, disse Padre João.
De acordo com o presidente, o mais importante é ter clareza sobre qual Brasil queremos. “O Brasil que queremos é o Brasil a que Lula deu a largada, que vai ao encontro dos pobres, para mostrar que as riquezas naturais pertencem a todos os brasileiros. Essas riquezas têm que se reverter em saúde, em educação, em agricultura familiar. É este o País que queremos, o de valorização das trabalhadoras e dos trabalhadores, dos povos indígenas e de todos os povos de matriz africana. É preciso enxergar a diversidade e a riqueza do nosso País, seja a riqueza do seu patrimônio natural, seja a riqueza do seu povo”, ressaltou o parlamentar do PT.
Esclarecimento – O deputado Padre João defendeu a ampliação do esclarecimento da sociedade brasileira sobre a verdade dos fatos. “Temos que fazer esse debate nas famílias, nas igrejas sérias, que têm compromisso de fato com a vida, em todos os segmentos, sobretudo nos sindicatos. Infelizmente, a grande mídia, que está conchavada com os golpistas, tenta passar para a sociedade que a maioria dos corruptos está no PT, e não está. Basta ver a Operação Lava-Jato. Os campeões de desonestidade são o PMDB, o PSDB e o DEM. Basta fazer todo o levantamento. Quais são os prefeitos cassados? Vamos ver!”, cobrou o petista.
Gizele Benitz
Foto: Salu Parente