Ao discursar na tribuna da Câmara na terça-feira (26), o deputado Nilto Tatto (PT-SP) elogiou a postura da presidenta Dilma Rousseff na cerimônia de assinatura do Acordo Climático de Paris da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorreu na última semana. O pacto foi firmado por cerca de 170 nações. Tatto destacou o protagonismo que o Brasil passou a assumir nas questões que envolvem mudanças climáticas, a partir a gestão do ex-presidente Lula.
“Os termos negociados em dezembro de 2015 representam grandes avanços na luta global contra as mudanças climáticas e o Brasil foi um dos protagonistas nas negociações, contribuindo para elevar as metas de redução de carbono”, reconheceu Nilto Tatto.
O deputado disse ainda que a presidenta Dilma reafirmou a importância dos compromissos assumidos pelos países em desenvolvimento e chamou a responsabilidade do setor privado e dos países desenvolvidos que, segundo ele, “precisam ampliar suas metas e suas contribuições conforme o princípio das responsabilidades compartilhadas, porém diferenciadas. É preciso que todos os países trabalhem de forma conjunta”, recomendou.
Ainda, conforme lembrou Nilto Tatto, ao falar para um público constituído de países responsáveis pelas principais alterações climáticas que ocorreram nos últimos tempos, a presidenta Dilma reafirmou “a imprescindível consciência de que a sustentabilidade ambiental só é possível em uma sociedade mais justa e menos desigual”.
“Sem a redução da pobreza e da desigualdade não será possível vencer o combate à mudança do clima. E esse combate tampouco pode ser feito à custa dos que menos têm e menos podem”, destacou o deputado este trecho do discurso do discurso proferido pela presidenta, na ONU.
Na avaliação do deputado, o desafio agora é implementar o conjunto de ações que serão necessárias para transformar as metas em resultados concretos. “O Brasil deve fazer sua lição de casa, mantendo o protagonismo durante o processo de implementação da agenda de enfrentamento às mudanças climáticas”, afirmou Tatto.
“Espero que o Congresso Nacional ratifique o Acordo, a fim de que as resoluções tenham força de lei dentro do país. O legislativo também terá papel importante no encaminhamento das regulamentações que serão necessárias à implementação desta agenda. É o que a sociedade brasileira espera da classe política e, tenho certeza, cobrará por isso”, disse.
Benildes Rodrigues
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