Estão querendo assassinar a democracia mas história é implacável, afirmam parlamentares

ZeGeraldo LuizS

Em contundente discurso na tribuna da Câmara, nesta sexta-feira (15), em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff e da democracia, os deputados Zé Geraldo (PT-PA) e Luiz Sérgio (PT-RJ) foram categóricos em afirmar que o processo de impeachment da presidenta da República é o símbolo da vingança e da chantagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra o PT.

“Essa peça de impeachment além de ilegal, imoral, já nasce suja”, afirmou Zé Geraldo.

“Fui eu quem disse à imprensa brasileira, quando me perguntaram: Vocês estão com a faca no pescoço? Eu disse: Não. Nós estamos também com a metralhadora na cabeça. E, a partir daquele dia, quando o Partido dos Trabalhadores não concordou em salvar esse presidente no Conselho de Ética, ele instalou esse processo de impeachment por vingança à presidenta”, denunciou o petista, que é membro titular do Conselho de Ética da Câmara que analisa o processo de cassação de Eduardo Cunha.

Para Zé Geraldo, o país testemunha, além da tentativa de golpe daqueles que não se conformam com a derrota eleitoral de 2014, a ingratidão de parlamentares, governadores e prefeitos da ala oposicionista que usufruíram dos programas sociais implementadas pelos governos Lula e Dilma. O deputado frisou que o governo, ao levar o Luz para Todos, o Minha Casa, Minha Vida, as creches, o Programa Ciência sem Fronteiras, o Mais Médicos e todos os demais programas para mais de 5 mil prefeituras do país, em todos os Estados brasileiros, não perguntou se o governador ou o se o prefeito ou prefeita eram do PSDB, do Democratas, do PPS ou se eram de oposição ou de situação.

“Temos parlamentares aqui neste Congresso que se beneficiaram de todos esses programas, partidos que até outro dia defendiam a presidenta Dilma agora estão querendo assassinar a democracia brasileira”, lamentou.

Já o deputado Luiz Sérgio, chamou a atenção de seus pares, para que não esqueçam que a história é implacável. “Estamos escrevendo o nosso nome na história, se vamos ficar ao lado da democracia ou se vamos consumar um golpe pelo qual a sociedade brasileira irá nos condenar”.

“Hoje, aqui, nós vamos decidir se queremos construir laços que permitam unir a sociedade brasileira para superar as dificuldades que enfrentamos e apontar para o futuro, que é aquilo que as pessoas que estão nas vilas, nas cidades, nas portas das fábricas querem, ou se vamos nos submeter a um golpe de Estado para levar ao poder um programa que foi quatro vezes derrotado nas urnas”, questionou Luiz Sérgio.

Benildes Rodrigues

Fotos: Ananda Borges

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