Fragilidade da oposição golpista ficou exposta na comissão especial, dizem petistas

comissao

 

 

 

 

Com o resultado de 38 votos a favor e 27 contra ao processo de impeachment, a oposição conservadora demonstrou, nesta segunda-feira (11), fragilidade para garantir no plenário os dois terços de votos necessários em plenário para concretizar na Câmara o golpe à Constituição e à democracia. O placar pode ter materializado antecipadamente aos golpistas o jargão “ganha, mas não leva”. Proporcionalmente, ela deveria ter obtido 44 votos favoráveis para demonstrar a força que pensou ter na comissão.

Como agravante para a direita golpista, soma-se o fato de a composição da comissão já ter sido, na sua gênese, tendenciosa. À época de sua formação, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), manobrou para que a maioria dos integrantes do colegiado fossem seus aliados. Todos esses fatores juntos, na avaliação de deputados petistas, dimensionam o quanto o golpe perdeu força dentro e fora da Câmara.

“Eles precisavam ter um saldo de votos que pudesse indicar que teriam dois terços de votos no plenário. Eles não conseguiram dar essa demonstração. É como num jogo de futebol, em que o time tem que ganhar a primeira rodada por um número ‘x’ de gols, e eles não atingiram esse volume de jogo. Portanto, já é uma demonstração de fragilidade”, avaliou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), líder do governo na comissão do impeachment.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) disse acreditar que o resultado da votação aponta para uma virada do jogo em plenário. “Fizeram uma maioria que não alcança os dois terços. Então, o jogo foi um nesta segunda-feira, mas será outro no próximo domingo”, considera Damous, que também reforçou a inconsistência do relatório que foi aprovado pela comissão.

“Esse relatório é uma vergonha, ele não se sustenta de pé. Ele enodoa o ordenamento jurídico brasileiro, atenta contar a Constituição e contra o devido processo legal. Ele não passa de um panfleto político de quinta categoria”, apontou.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), falando pela Liderança do PT na tribuna logo após a votação, também considera que o resultado foi desfavorável aos golpistas. “Em plenário, a votação vai envolver os 513 deputados, e a oposição que festeja hoje não terá os votos necessários E sabe por quê? Porque o povo enxergou que quem iria assumir num eventual afastamento da presidenta Dilma seria o vice Michel Temer, sem voto e com um programa que retroage em direitos dos trabalhadores e em direitos civis para retomar a conservadora política nacional”, afirmou Zarattini.

Durante as horas que antecederam a votação no colegiado, os deputados contrários ao golpe se revezaram em falas que explicitaram a inconsistência do relatório, que foi também desconstruído ponto-a-ponto nesta segunda-feira pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Após revelado o resultado da votação, o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), reforçou essa fragilidade dos argumentos golpistas e fez uma análise do cenário desfavorável que rodeia o golpe neste momento.

“Primeiro ficou nítido que não há crime de responsabilidade. Além disso, iniciamos os trabalhos na comissão sendo dito que só havia 16 votos contra a abertura do processo. E eles não tiveram dois terços na comissão e não terão dois terços em plenário. Quanto às mobilizações de rua, elas existem dos dois lados”, avaliou Florence.

De maneira semelhante, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder da bancada petista na comissão do impeachment, analisou que o resultado da votação foi positivo porque, numericamente, apontou para uma vitória da democracia no plenário da Câmara. “É preciso considerar o fator mobilização da sociedade. Nesta segunda-feira, ocorreu um grande ato de artistas no Rio de Janeiro; a pesquisa DataFolha do último fim de semana mostrou que cresceu quase 8% o número de brasileiros que se coloca contra o golpe. Estamos num embate da defesa da democracia versus a tentativa de um golpe”, pontuou Fontana.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) comparou o resultado da votação na comissão com o desfecho da votação, em 1992, que garantiu prosseguimento ao processo de impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor de Melo: “Naquela primeira votação, o resultado foi 31 votos contra um, o que revela a absoluta diferença entre um processo e outro. Em segundo lugar, eles (membros da oposição) ficaram muito longe do quórum necessário para atingir o objetivo golpista. Afora isso, já trabalhávamos com a realidade de que a comissão era um jogo de cartas marcadas, mas ainda assim nossa votação foi expressiva, em defesa do governo e da democracia”.

Falando em plenário sobre o placar da votação, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) reiterou que mesmo com todo o aparato golpista favorável à aprovação do relatório – envolvendo, inclusive a participação da Rede Globo – a oposição não atingiu os dois terços que serão necessários no plenário. “Não vai ter golpe. Hoje o povo sabe que não há crime de responsabilidade. Não vamos deixar que se repita o golpe de 64, o golpe contra a democracia, contra a República, contra a presidenta Dilma, que venceu a tortura e vai vencer esta tentativa de golpe”, disse.

PT na Câmara

Foto: Agência Brasil

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100