O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) criticou hoje (6), em discurso no plenário, os critérios seletivos que a oposição e os apoiadores da tentativa de golpe utilizam na avaliação do que seria “interferência” de poder. “Quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, toma medidas no sentido de impedir que a presidenta Dilma Rousseff nomeie seus ministros, não é interferência de Poder. Agora, quando outro ministro do Supremo, Marco Aurélio Mello, que reconhecidamente sempre questionou o Partido dos Trabalhadores, toma uma medida pedindo para que esta Casa abra um processo contra o vice-presidente Michel Temer, nos mesmos moldes, na mesma base de condição que foi aberto contra a Presidenta Dilma, aí é interferência de Poder”, denunciou.
Para o deputado, essa criatividade “deles” espanta. “Essa criatividade de tentar ludibriar o povo dizendo que o impedimento da presidenta Dilma possibilitará que o Brasil dê um salto de qualidade. Ao contrário, o impedimento da presidenta Dilma fará com que o Brasil entre numa rota de desgoverno”, afirmou o petista.
Para Prascidelli, “aqueles que querem assaltar o poder de forma inescrupulosa não têm o mesmo critério para analisar os escândalos de corrupção cujos responsáveis são os partidos e os governos deles”, disse. E, acrescentou: “Aqueles que acusam que se está fazendo uma composição de governo, um rearranjo da base com compra de votos deveriam ter a coragem de dizer que compra de voto é aquilo que o PSDB fez para estender o mandato do Fernando Henrique Cardoso; compra de voto é o que eles estão tentando fazer com recursos da Fiesp, tentando comprar deputados para votar a favor do impeachment. Isso é comprar voto! E isso nós não vamos permitir!”, enfatizou o parlamentar petista.
Gizele Benitz
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
Mais fotos no www.flickr.com/ptnacamara