Quem deseja chegar a Presidência da República precisa disputar e vencer as eleições e não organizar um golpe institucional como a oposição tenta fazer. A afirmação é do deputado Henrique Fontana (PT-RS), que usou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (5) para destacar que a principal causa da crise política no Brasil, que tem impacto na economia, é a decisão de uma parte da oposição de não aceitar o resultado soberano das urnas em outubro de 2014.
Fontana disse que pode-se fazer qualquer debate sobre se a eleição deveria ou não ser vencida por Dilma Rousseff, ou por Aécio Neves. Como ele também teria muitos debates a fazer quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito com o dólar congelado no mesmo valor do real, “fruto de uma emenda que permitiu a sua própria reeleição, e com fortes rumores de compra de votos para aprovar aquela emenda”. “Mas eu respeitei a democracia naquele período”, enfatizou.
Na avaliação do deputado Fontana, quando não se respeita o resultado das eleições, quebra-se uma regra fundamental da estabilidade democrática e constitucional de um País. “Porque, por mais que se polarize num momento eleitoral, todos os cidadãos sabem que, no dia seguinte, serão contados os votos, e quem fez maioria vai governar o País para todos, respeitando o papel da oposição”.
Corrupção – O deputado do PT gaúcho disse também que atualmente fala-se muito da corrupção. “E eu quero reafirmar desta tribuna o meu mais absoluto compromisso com o combate a todo e qualquer ato de corrupção. Mas não se pode fazer do combate à corrupção um instrumento para cassar um governo legitimamente eleito, através de um golpe, ou um partido político, ou uma parcela do espectro político brasileiro”, afirmou.
Na avaliação do deputado Fontana, para combater a corrupção no Brasil é preciso respeitar as instituições e deixa-las trabalhar. “Temos que respeitar o mandato legítimo da presidenta Dilma que jamais moveu um dedo para impedir qualquer investigação”, destacou.
Henrique Fontana acrescentou que é preciso sair da pauta do golpe que desestabiliza as instituições do nosso País. “A presidenta não cometeu nenhum crime de responsabilidade que possa justificar um golpe que a oposição quer levar adiante”, concluiu.
Vânia Rodrigues
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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