Taxa de sucesso na região do pré-sal da Bacia de Santos é de 100%, afirma Petrobras

A Petrobras divulgou nota de esclarecimento na noite de terça-feira (28) afirmando que a taxa de sucesso na região do pré-sal da Bacia de Santos, onde a estatal brasileira vem concentrando esforços e obtendo êxitos significativos, é de 100%. A taxa de sucesso mede os resultados positivos na exploração de poços. A nota é uma resposta a matéria publicada na edição de ontem do jornal Valor Econômico sob o título “No pré-sal, 32% dos poços abertos são pouco viáveis”. A reportagem repercutiu negativamente no mercado de ações.

A empresa esclareceu que o mapa divulgado com a área do pré-sal, que se estende pelas Bacias de Santos e Campos, não corresponde a um único campo de petróleo. Segundo a Petrobras, “ao longo da história de exploração das Bacias de Campos e Santos, vários poços identificaram os referidos reservatórios, mas os mesmos não foram perfurados em situações geológicas ideais e não tinham como objetivo específico buscar descobertas em reservatórios do pré-sal”.

De acordo com a estatal, somente a partir de 2006, quando as rochas carbonáticas do pré-sal foram efetivamente comprovadas como potenciais reservatórios para acumulações de petróleo, é que foram perfurados 11 poços na área central da Bacia de Santos tendo esses reservatórios como objetivos principais.

“Todos estes poços resultaram em descobertas (taxa de sucesso de 100%), cujos Planos de Avaliação estão sendo realizados, conforme aprovado junto a ANP e amplamente divulgado pela Companhia”.

“Além da existência da rocha reservatório, a descoberta de um campo petrolífero decorre da identificação e ocorrência simultânea de uma série de fatores geológicos, os quais definem o posicionamento dos poços exploratórios em determinada bacia sedimentar”, informou a estatal.

A empresa sustentou que, conforme divulgado no Relatório Anual da Security Exchange Comission, até o final de 2008 foram perfurados 30 poços na região do pré-sal – que se estende da Bacia de Campos até a Bacia de Santos – tendo sido obtida nesta ampla área uma taxa de sucesso de 87% na comprovação de presença de hidrocarbonetos.

Sobre o poço 6-BG-6P-SPS, conhecido como Corcovado-1, localizado no Bloco BM-S-52, a companhia reforçou as informações divulgadas pelo operador (BG Group), que anunciou a existência de indícios de hidrocarbonetos.

A Petrobras também referiu-se, no comunicado, à nota divulgada ontem pela BG Group, na qual companhia informa que a perfuração do segundo poço ainda não foi concluída e que no momento “não pode comentar os resultados”.

O BM-S-52 é explorado pelo consórcio formado pela Petrobras (60%) e BG Group (40% operadora durante a fase exploratória).

Sobre as informações veiculadas pelo jornal, a Petrobras afirmou que “são improváveis as ocorrências de poços secos, fora dos padrões normais da indústria de petróleo, na área do pré-sal da Bacia de Santos, devido ao conhecimento dos modelos geológicos, da quantidade de dados sísmicos e do número de poços já perfurados com sucesso”.

A Petrobras ratificou os esclarecimentos divulgados em 1º e 15 de outubro de 2008, de que embora a notificação de indícios de hidrocarbonetos seja um dado positivo, não implica descoberta comercial de óleo ou gás.

“A comercialidade de um campo só é possível após o envio e aprovação da declaração de comercialidade na ANP”, informa a Petrobras, para depois concluir: “até o momento na área do pré-sal da Bacia de Santos e Campos não foi enviada nenhuma declaração de comercialidade à ANP”.

DESEMPENHO: A Petrobras divulgou também uma nota na qual informa que está entre as dez companhias que mais se valorizaram no mundo neste primeiro semestre e a única brasileira situada entre as dez primeiras no ranking das 300 maiores empresas globais, segundo levantamento da consultoria Ernst & Young.

O estudo teve como base o valor das ações da empresa no fim do primeiro semestre e mostra a recuperação dos papéis da Petrobras depois do momento mais crítico da crise mundial em 2008.

Segundo o estudo, o valor de mercado da estatal brasileira passou de US$ 95,9 bilhões para US$ 164,8 bilhões, possibilitando que avançasse da 37ª colocação para a oitava posição no ranking das maiores empresas globais.

“Apenas três companhias brasileiras foram consideradas na lista das cem maiores empresas da pesquisa. Juntas, as três apresentaram a maior valorização, com um aumento de 101%, percentual bem acima do registrado pelas empresas russas, que acumularam 42% e ficaram com o segundo melhor resultado”, diz a nota.

As informações divulgadas pela estatal brasileira indicam que nos Estados Unidos, os papéis da companhia são negociados na Bolsa de Nova York como recibos de ações (ADRs) e que a valorização dos ADRs no primeiro semestre de 2009 foi de, aproximadamente, 67% e 64% para os recibos PBR (ações ordinárias) e PBRA (ações preferenciais), respectivamente.

Equipe Informes, com Agência Brasil

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