O líder da bancada do PT, Fernando Ferro (PE), destacou hoje, em plenário, a luta desenvolvida em todo o Nordeste, especialmente em Pernambuco, em defesa da autonomia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Segundo ele, o próprio presidente Lula desautorizou qualquer mudança que esvaziasse o papel da empresa, paralisando o processo que estava em curso na Eletrobrás, holding que controla a Chesf.
A Eletrobrás controla ainda cinco outras subsidiárias – Furnas, Eletrosul, Eletronorte, CGTEE e Eletronuclear, responsável por Angra I e II, além de deter 50% de Itaipu. Todas as seis empresas atuam de forma independente, mas um dos planos da Eletrobrás era de colocar as subsidiárias efetivamente sob seu integral controle, passando a coordenar todo o grupo. O processo foi paralisado, por determinação do presidente Lula
Ferro disse ser a favor do fortalecimento do sistema Eletrobrás, sem, contudo, mexer com a autonomia de subsidárias como a Chesf, que tem um papel histórico e estratégico no setor elétrico brasileiro. “É importante a Chesf continuar com sua integridade, competência e capacidade de autonomia para os empreendimentos hidrelétricos da região”, disse.
O líder destacou que a Chesf teve, por exemplo, um papel fundamental para garantir as formação do consórcio que ganhou o leilão para a construção da Usina de Belo Monte, no Pará. Ele observou que houve tentativa de desqualificar a imagem da empresa, para que não participasse de leilões para grandes empreendimentos hidrelétricos no País.
O tema foi tratado nesta quarta-feira entre o líder e a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Segundo ele, a ministra garantiu que Chesf não sofrerá nenhum problema de esvaziamento ou de transferência de sua competência. “Será mantida integralmente sua capacidade, atuação e evidentemente sua história, que é um legado da luta do povo nordestino”, comentou o líder.
Equipe Informes
