Brasil é primeiro país a liberar recursos para reconstruir Haiti

janete_dest2Exatamente uma semana depois de comprometer-se durante reunião de cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) a liberar recursos para auxiliar na reconstrução do Haiti, o Brasil tornou-se na terça-feira (11) o primeiro país a contribuir efetivamente para o fundo internacional criado em Nova York no último mês de março.

Na reunião da Unasul, ocorrida em Buenos Aires no último dia 4, o Brasil, Uruguai, Paraguai, Equador, Peru, Chile, Suriname, a Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana e Venezuela concordaram em doar U$ 100 milhões ao Haiti. Ontem, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Patriota, liberou, em Washington, US$ 55 milhões para o fundo de socorro ao país caribenho devastado pelo terremoto de janeiro. Desse total, U$ 40 milhões correspondem à parcela brasileira dentro do programa Brasil-Unasul e já incluem US$ 15 milhões transferidos a título de ajuda direta ao orçamento do governo haitiano.

Para a deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que integrou a delegação de parlamentares brasileiros, designados a verificar a situação daquele país, o exemplo do Brasil deve ser seguido por todos aqueles que assumiram o compromisso de reconstruir o Haiti.

“O fato do Brasil ser o primeiro país a liberar recurso para a reconstrução do Haiti demonstra que o presidente Lula tem um novo olhar de governança. Significa o compromisso com a América do Sul, com a América Latina e com todos os povos. A reconstrução daquele país significa um trabalho conjunto de todos. Nós estamos no caminho certo. A reconstrução do Haiti requer todo um processo de identificação do seu povo. Eles perderam tudo, a memória, o registro, o símbolo nacional. Só não perderam a esperança. Espero que os outros países participem dessa luta”, disse a deputada.

O objetivo do fundo internacional é reunir contribuições de diferentes doadores e fornecer recursos ao Plano de Ação para a Recuperação e o Desenvolvimento do Haiti, apresentado pelo governo haitiano após o terremoto que deixou mais de 200 mil mortos e destruiu a já precária infraestrutura do país. Os recursos serão usados em projetos de reconstrução e desenvolvimento.

O fundo é presidido pelo governo do Haiti e administrado por um comitê gestor, formado por países doadores, como o Brasil, e entidades parceiras. O Banco Mundial vai atuar como agente fiscal do fundo, com a função de transferir os recursos a pedido do comitê gestor para a execução dos projetos no Haiti.

O Brasil participou ativamente dos esforços de ajuda ao Haiti, após o terremoto e chefia a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), criada em 2004 e integrada por 8,5 mil militares de 19 países. Depois do terremoto, o governo brasileiro enviou 900 militares ao Haiti para auxiliar nos esforços de reconstrução, elevando o contingente brasileiro no país para 2,2 mil homens.

Agência Brasil com Benildes Rodrigues

 

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