O vice-presidente de Loterias da Caixa, Fábio Ferreira Cleto, disse nesta quarta-feira (2) na Câmara que o potencial de arrecadação com jogos e loterias no Brasil ainda está longe do potencial pleno do País. Disse também, mesmo sem entrar na defesa da legalização, que outras modalidades de jogos e apostas ainda não reconhecidas no País (como bingos, cassinos e outros jogos) poderiam aumentar a arrecadação e ampliar a exploração do setor.
O dirigente da Caixa explicou que os mecanismos de sorteio das loterias do banco obedecem as mais rigorosas exigências em vigor no mundo, com reconhecimento até do órgão máximo de certificação do setor, a Associação Mundial de Loterias (WLA, na sigla em inglês).
O banco já possui a certificação ISSO 27001 desde 2011, a qual reconhece a adoção, pela Caixa, de práticas de governança e gestão da segurança da informação, de risco e de continuidade de negócios, na operação das Loterias Federais.
O vice-presidente de Loterias da Caixa disse que em relação aos vizinhos da América do Sul o valor per capita da venda de jogos no Brasil é baixa. “Enquanto no Brasil o valor gasto é de R$ 100, na Argentina é de R$ 137, e no Uruguai R$ 154. Isso mostra que temos bastante potencial para crescer”, afirmou.
Bingos – Sobre a legalização de modalidades de jogos hoje considerados ilegais no Brasil, caso dos bingos e dos cassinos, o dirigente da Caixa destacou que não compete à Caixa tomar posição a favor ou contra.
“Mas é preciso dizer que o País deixa de arrecadar muito por causa de brasileiros que viajam para jogar no exterior. O mesmo ocorre com as apostas feitas via on line em sites hospedados no exterior, sobre os quais o Estado brasileiro não tem nenhum controle ou acompanhamento ”, destacou.
Segundo estimativa apresentada por Fábio Cleto, entre R$ 620 milhões e R$ 1,81 bilhão são gastos por brasileiros em bingos ilegais, enquanto em cassinos fora do País são gastos entre R$ 1,36 a R$ 2,86 bilhões.
Segurança– Sobre questionamentos a respeitos de supostas irregularidades nos sorteios de loterias- que vez ou outra aparecem nas redes sociais-, o vice-presidente da Caixa destacou que as suposições são desprovidas de qualquer embasamento técnico.
“Todos os nossos procedimentos sofrem constantes auditorias internacionais. Só vinte países têm o certificado internacional da Caixa (ISSO 27001), e temos o nível quatro de segurança no procedimentos de sorteio de prêmios, o mais alto existente”, destacou.
Héber Carvalho