Imprensa faz cobertura sensacionalista e parcial do Congresso, diz Genoino

saulocruz_genoinoO deputado José Genoino (PT-SP) afirmou nesta terça-feira (4) que a cobertura da imprensa brasileira sobre os acontecimentos do Congresso Nacional é sensacionalista. De acordo com o parlamentar, que participou do V Conferência Legislativa sobre a Liberdade de Imprensa, não é papel do governo regular a imprensa, entretanto, o mínimo que se deve assegurar é o direito de resposta e à isenção.

A conferência, que teve como tema a mídia e a democracia participativa, foi promovida pela Câmara dos Deputados.

“A cobertura que a mídia faz do Congresso é muito do espetáculo e da parcialidade. A informação é um bem público e todos precisam ter acesso a ela. Sou contra qualquer restrição à mídia e defendo a mais ampla liberdade de imprensa. Entretanto, é preciso haver direito de resposta. Para isso, é fundamental a liberdade de imprensa e a democracia representativa”, afirmou.

O parlamentar destacou a importância de a sociedade, governos e profissionais do setor discutirem os rumos da comunicação no país. “A mídia não pode ser regulada por nenhum poder, tem que ser livre e se auto-regular. Temos que ouvir e discutir com a sociedade. Isso não significa que vá virar lei ou política de governo. Temos que desenterditar o país, discutir tudo, índios, direito das mulheres, igualdade racial, reforma agrária e comunicação”, disse.

Democratização – Na avaliação do deputado Paulo Delgado (PT-MG), apesar dos exageros, a imprensa tem cumprido o seu papel na democratização da comunicação no país. Paulo Delgado também é contra a regulação do setor. “Essa velocidade do mundo não vai dar tempo para quem quer controlar a imprensa. O melhor da auto-regulação é que ela seja rigorosamente resultado de acordos, reuniões, conferências e debates entre leitores, imprensa e usuários”, disse.

De acordo com o parlamentar, que participou do painel sobre o papel dos meios de comunicação no aperfeiçoamento da democracia representativa, a imprensa ajuda a melhorar até mesmo a política brasileira. “É preciso rejeitar a síntese imobilizadora da imprensa. Existem erros, mas a regra é que a imprensa acerta, e nisso ela melhora a democracia brasileira e melhora também a política”, afirmou.

Edmilson Freitas

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também