O diretório do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais protocolou hoje ( 14) três representações criminais contra integrantes de grupos de extremistas e fascistas opositores ao PT. Eles são apontados por perturbação de cerimônia funerária, difamação, injúria, difusão do ódio, entre outros crimes previstos no Código Penal. As medidas foram protocoladas no Ministério Público Estadual, na Polícia Federal e na Polícia Civil, assinadas pela presidente do PT-MG, Cida de Jesus.
Num dos documentos, dirigido ao delegado chefe da Polícia Civil, Wanderson Gomes da Silva, o PT-MG aponta crime contra a ordem política e social ocorrido durante o velório do ex-presidente nacional do PT e da Petrobras, José Eduardo Dutra, no dia 5/10, em Belo Horizonte. Na cerimônia, foram jogados panfletos clandestinos em que se celebrava a morte de filiados ao partido, vilipendiava-se o falecido e difundia-se ódio contra os petistas. Na peça, o PT solicita a imediata identificação dos indivíduos portando cartazes e bandeiras, além de outros que os apoiavam, cujas fotos compõem o documento.
De acordo com Cida de Jesus, esses atos criminosos vêm -se repetindo em outras ocasiões. Já houve ,por exemplo, manifestações na Assembleia Legislativa com agressões a deputadas com o uso de expressões impublicáveis. O episódio na Assembleia Legislativa também foi denunciado ao Ministério Público Estadual pelos deputados do partido, no dia 5/10.
“Não é de hoje que essas pessoas adotam uma postura de ódio, violenta e agressiva contra o PT e seus filiados’’, disse Cida. ‘’Do velório de José Eduardo para cá, já houve quatro ações desses grupos, que não se conformam com a derrota nas urnas ou por ter de conviver com gente pobre frequentando aeroportos. Nós estamos pedindo abertura de inquérito, identificação dessas pessoas e a devida punição dos responsáveis”, disse a presidente do PT-MG.
Bando fascista- Na manifestação do dia 12/10, na Praça da Bandeira, foram exibidos bonecos ofensivos à Presidente da República, ao Governador do Estado, ao ex-Presidente Lula e a todos os filiados do Partido dos Trabalhadores. Alguns dos fascistas usavam camisetas com o símbolo da Polícia Federal, configurando usurpação da imagem e dos símbolos da PF.
Eles também são acusados de agir em forma de quadrilha ou bandos, com denominações variadas como Patriotas, Mulheres da Inconfidência e Brava Gente, dentre outros. A representação também aponta a união de esforços para reunir dinheiro para compra e distribuição de bonecos infláveis, panfletos, camisetas, cartazes e faixas. Utilizam também veículos como, por exemplo, a caminhonete Saveiro, de placa HKQ 4820, que seria de propriedade de Alexandre Campos Xavier Assis. Aparece também a BH Papelaria e Copiadora.
As três representações pedem que a Polícia Federal, a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais abram investigação, apurem e punam os responsáveis.
Equipe PT na Câmara com PT-MG