O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC) , destacou hoje (25) o papel do Brasil na comunidade internacional na busca de um modelo de desenvolvimento sustentável que possa enfrentar, entre outros desafios, o problema do aquecimento global. “Estamos na vanguarda, o Brasil é exemplo para todos os países”, disse o líder, referindo-se à marca que o País conseguiu: redução de 40% de emissão de gases causadores do efeito estufa, além de ter adotado uma política rigorosa de combate ao desmatamento e de incentivo à recuperação florestal.
Esses são alguns dos temas que serão tratados a partir de hoje, em Nova York, pela presidenta Dilma Rousseff, na Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável. O debate com cerca de 150 líderes tem como objetivo traçar novas metas para o desenvolvimento sustentável.
A agenda servirá como plataforma de ação da comunidade internacional e dos governos nacionais na promoção da prosperidade comum e do bem-estar ao longo dos próximos 15 anos. A expectativa é que no encontro formalize-se uma agenda mundial para melhorar as condições de vida de todas as pessoas do planeta, até 2030.
Segundo Sibá, é um momento oportuno para o governo brasileiro mostrar os avanços no setor ambiental e a contribuição do País ao meio ambiente do planeta. ‘’Nós brasileiros, temos de nos orgulhar do que o governo Dilma tem feito. Nenhum país fez uma redução de 40% na emissão de gases’’.
Desafios – Para ele, a experiência brasileira pode ser decisiva para ajudar na construção da plataforma de ação. Essa agenda, acordada por 193 países, tem 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas. “Esperamos que as propostas sejam ratificadas”, afirmou o líder.
Conforme Sibá, a agenda envolve países ricos, pobres e os de renda média, e “casa-se com o que o Brasil tem efetuado nos últimos doze anos, com o PT e aliados, ao reconhecer que a erradicação da pobreza deve caminhar lado a lado com um plano que promova o crescimento econômico e responda a uma gama de necessidades sociais, incluindo educação, saúde, proteção social e oportunidades de trabalho”.
Além disso, contemplar mudanças climáticas e proteção ambiental. Ao mesmo tempo, engloba questões como desigualdade, infraestrutura, energia, consumo, biodiversidade, oceanos e industrialização.
Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) são uma continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), agenda acordada em 2000 pelos países-membros da Organização das Nações Unidas e que tem metas de desenvolvimento até o final de 2015.
Brasil se antecipou ao prazo limite para o cumprimento dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) assumidos na Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000. “O Brasil está muito bem posicionado no alcance dos ODM. O sucesso do Brasil foi realmente diferente”, afirma o assessor sênior da ONU no País, Haroldo Machado. Falta ao Brasil apenas atingir os objetivos envolvendo a mortalidade materna. Mas, de acordo com Machado, o principal objetivo era o combate à pobreza extrema e à fome.
Os ODM foram assumidos por 164 países dispostos a atingir 50% das populações vulneráveis em relação a oito áreas: redução da pobreza; universalização do ensino básico; igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade na infância; melhorar a saúde humana; combater a aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. Um resumo das ações pode ser visto aqui.
Agenda – A nova agenda de desenvolvimento sustentável se enquadra no êxito do resultado da Conferência sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, recentemente concluída em Adis Abeba (Etiópia). Espera-se que ela também afete positivamente as negociações sobre um novo acordo climático significativo e universal, que acontecerá em Paris (França), em dezembro deste ano.
Assembleia Geral da ONU – Depois da Cúpula, começa o debate de alto nível. Na próxima segunda-feira (28), a presidenta Dilma Rousseff vai abrir a 70ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU). O Brasil, por tradição, é responsável pelo discurso de abertura da sessão. Desde 1947, os olhos do mundo inteiro estão atentos e voltados para os pensamentos brasileiros que abrem as discussões.
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Equipe PT na Câmara, com agências
Foto: Salu Parente
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Ouça o Deputado Leonardo Monteiro na Rádio PT
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