Durante audiência pública da CPI dos Crimes Cibernéticos, na Câmara, na quinta-feira (4), um dos temas que se destacou no debate foi eficácia da ampliação do uso de softwares livres como forma de prevenção e combate à ação das quadrilhas que praticam crimes através da Internet.
Para o presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni, a medida seria eficaz, entre outros motivos, porque os programas de código aberto facilitam a identificação de falhas de segurança que permitem a ação dos criminosos nas redes. “A vantagem [dos softwares livres] é que eu tenho acesso [aos códigos] e com isso eu posso fazer as minhas soluções e eu não preciso ficar esperando as correções de ‘bugs’. No mundo do software livre nós fazemos isso constantemente, estamos sempre em rede, operando nas comunidades internacionais e fazendo as alterações e correções. Por isso que dizemos que software livre é uma excelente solução para aumentar a segurança”, argumentou Mazoni.
O deputado Leo de Brito (PT-AC), vice-presidente da CPI, endossou a argumentação do presidente do Serpro e considera “fundamental” que o debate sobre o assunto seja ampliado na Câmara e na sociedade em geral. “Ficou comprovado que uma das formas importantes, talvez a melhor forma, para se prevenir e combater os crimes cibernéticos é a adoção do software livre, de código aberto. Isso ficou demonstrado na fala do presidente do Serpro: quando é possível identificar os códigos e as mudanças nos softwares, fica muito mais fácil monitorar, evitar e solucionar possíveis falhas de segurança. Entendo que é fundamental fazermos esse debate na Câmara e na sociedade”, disse o petista, que pretende apresentar iniciativas neste sentido.
PT na Câmara