Deputados cobram isenção em investigações e mostram indignação com critério seletivo que poupa PSDB

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“Qual o critério para investigar?”. A pergunta indignada do deputado Fernando Marroni (PT-RS), feita da tribuna da Câmara, traduz o sentimento de muitos brasileiros diante das declarações feitas pelo doleiro Alberto Youssef na CPI da Petrobras, durante acareação na última terça-feira (26). Youssef confirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu dinheiro do esquema fraudulento de Furnas.

A indignação se justifica pelo viés tendencioso e seletivo revelado durante as investigações da Lava-Jato. “Eu quero saber qual é o critério utilizado nessa operação para que sejam abertas investigações contra suspeitos? É a palavra do delator? São as informações trazidas pelos delatores? Se esse for o critério, porque, então, o senador Aécio Neves não está sendo investigado? Ele já foi citado duas vezes pelo mesmo delator”, questionou Marroni.

O deputado defendeu que o mesmo critério usado para um seja estendido a todos. “Se o critério para investigar é a palavra dos delatores, então que todos os citados pelos delatores – de todos os partidos – sejam investigados. Inclusive o senhor Aécio Neves”, discursou.

Fernando Marroni também criticou o discurso falacioso da oposição de se posicionar contra a corrupção. Ele argumentou que o real objetivo não é combater a corrupção, mas desgastar o governo Dilma e inviabilizar, politicamente, o ex-presidente Lula. “Se quisessem, de fato, combater a corrupção, não teriam deixado cair no esquecimento – com a ajuda da grande mídia – temas como o aeroporto de Cláudio, o helicóptero com meia tonelada de cocaína, o escândalo do metrô de São Paulo e a compra de votos para a reeleição”, completou.

Também na tribuna, o deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) cobrou uma investigação isenta sobre a situação que foi confirmada por Youssef durante a acareação. Além de citar Aécio, Prascidelli lembrou que o doleiro e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa também confirmaram que Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, recebeu R$ 10 milhões de propina para barrar a instalação de uma CPI para investigar a Petrobras.

“O que queremos é que eles tenham o mesmo e as mesmas medidas para tratar esse tipo de denúncia. E olhem que eu não estou fazendo acusação ao senhor Aécio Neves. No entanto, não devemos, quando um delator faz a crítica a alguém do PT ou de outro partido, achar que ele diz a verdade, e, quando faz a crítica ao candidato do PSDB ou ao ex-presidente do PSDB, não achar que é verdade”, afirmou Prascilelli.

PT na Câmara

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