Ao se pronunciar na comissão geral realizada pela Câmara nesta quinta-feira (13), o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, fez um detalhamento dos investimentos já realizados pelo governo e os que estão previstos para os modais de transportes – ferrovias, rodovias e hidrovias. Ele destacou o Programa de Investimentos em Logística (PIL) que vai injetar entre 2015 e 2018 cerca de R$ 200 bilhões no setor. Destes, R$ 152 bilhões serão investidos em rodovias e ferrovias, o que corresponde a 77% dos investimentos dessa fase do programa.
Antonio Carlos Rodrigues assegurou que pretende cumprir a risca o orçamento estabelecido para 2015. Para isso, explicou, foram estabelecidas estratégias que atendam aos três modais.
Rodovias – O ministro disse que o Brasil tem grande dependência de transporte rodoviário e que os 64 mil quilômetros de malha pavimentada requerem manutenção, conservação, expansão e qualificação. Nessa perspectiva, ele fez questão de lembrar que com o PIL 2015-2018, o Brasil vai ampliar em 70% a concessão de rodovias. Atualmente, disse, o Brasil tem 10 mil quilômetros de rodovias concedidas.
Há também, conforme lembrou o ministro, previsão de realizar cinco leilões em 2015 e, em 2016, outros 11 leilões. Além disso, ele anunciou que o governo pretende realizar investimentos nas concessões existentes. Já para 2016 o governo pretende conceder 4.500 quilômetros de estradas.
“O PIL vai melhorar ainda mais as concessões existentes. Vão ser investidos mais de R$ 15 bilhões em duplicação, construção de faixas adicionais e vias marginais”, anunciou.
Ferrovia – Rodrigues disse também que o Governo está empenhado na ampliação da malha ferroviária. O Brasil concedeu 28 mil quilômetros de ferrovias. Hoje, de acordo com o ministro, a malha é operada por 12 concessionárias.
“Os investimentos nas ferrovias vão expandir ainda mais a malha brasileira. Até 2018 deverão estar em construção mais de 3.300 quilômetros de ferrovias. Estão projetados os investimentos de mais de R$ 86 bilhões em nossas ferrovias, em concessões existentes”, relatou.
Hidrovia – O Brasil também conta com um grande potencial para o uso de hidrovias. “Estamos garantindo a manutenção de 6 mil quilômetros de rios navegantes de norte a sul do País”, disse. Ele informou que o Fundo da Marinha Mercante é a principal fonte de financiamento da construção naval e que estão em andamento 292 projetos financiados por esse fundo.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), que acompanhou a exposição do ministro, disse que os números revelam a qualificação progressiva e intensa da infraestrutura no país nos últimos 12 anos dos governos liderados pelos presidentes Lula e Dilma.
“Quando nós assumimos a Presidência da República, 80% das rodovias brasileiras eram praticamente intrafegáveis. A primeira grande operação que o governo Lula desencadeou, à época, foi a recuperação da trafegabilidade das rodovias”, lembrou Fontana.
O deputado lembrou ainda que o orçamento total do Ministério dos Transportes, em tempos passados, era de R$ 2,5 bilhões. Hoje, disse, esse montante chega à casa dos R$ 24 bilhões. “As ferrovias estavam praticamente abandonadas no País. Houve uma retomada que as multiplicou”, enfatizou.
Benildes Rodrigues
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