Mourão relata eleições no Sudão e destaca presença feminina

nilson_mourao_plenarioO deputado Nilson Mourão (PT-AC) relatou em plenário a viagem que fez ao Sudão, no último dia 10, por ocasião das eleições gerais daquele país.

O parlamentar, que juntamente com o ex-deputado Washington Luiz (PT-MA), foi designado pela presidência da Câmara para representar oficialmente o parlamento brasileiro, disse que as eleições transcorreram de forma segura e democrática. Nos três dias que esteve no Sudão, os parlamentares brasileiros cumpriram uma extensa agenda de trabalho.

“A delegação brasileira foi recepcionada e teve os seus trabalhos coordenados pela Embaixada Brasileira no Sudão, onde obtivemos integral apoio. Trabalhamos com inteira liberdade, sem restrição alguma. Visitamos as seções eleitorais que desejamos e atuamos com ampla liberdade, sem qualquer limite”, declarou o petista.

Participação feminina – Chamou a atenção de Nilson Mourão a presença marcante de mulheres nas eleições. “Elas têm o direito de apresentar listas separadas e lhes são asseguradas 40% das vagas no Parlamento nacional. A legislação deles não é como a nossa. Nossos partidos têm obrigação de apresentar 30% de mulheres, mas normalmente elas têm dificuldades de serem eleitas. No Sudão elas necessariamente se elegem, preenchendo obrigatoriamente 40% das vagas do Parlamento, porque têm uma lista separada”, afirmou. O parlamentar explicou que as eleições gerais do Sudão se realizaram como parte do acordo de paz celebrado com a região do sul do país, há 5 anos. “Depois de quase 20 anos de guerra, foi constituída uma comissão eleitoral com personalidades do país, isentas dos pontos de vistas partidário e ideológico, com a finalidade de presidir todo o processo eleitoral. Essa comissão definiu os distritos eleitorais, as inscrições dos eleitores, as normas de campanha, o registro dos partidos políticos, toda a parte logística e confecção e distribuição de todo o material de votação”, explicou. Ao todo, foram registrados aproximadamente 63 partidos.

Organização – Nas diversas diligências que a comitiva brasileira, juntamente com outros observadores internacionais, fizeram aos locais de votação, Mourão ressaltou que não houve nenhuma falha grave na organização das eleições. “Pude verificar nas seções eleitorais o processo se desenrolar sem incidentes, sem desordem e sem maiores problemas. Problemas ocorreram, é claro, porque o país volta ao processo democrático depois de quase 20 anos sem eleições”, disse. Atualmente o Sudão é governado pelas forças militares, fruto de um golpe militar ocorrido há 23 anos. Foram necessários vários acordos de paz para que o país conseguisse voltar à democracia. O resultado das eleições ainda não foi divulgado.

Edmilson Freitas

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