O deputado Afonso Florence (PT-BA) argumentou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tem argumentos para defender a manobra que fez semanas atrás para obter a constitucionalização do financiamento privado de campanhas a partidos políticos.
Florence alega que a falta do que dizer foi o que fez o peemedebista não responder ao pedido da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber para se explicar em 48 horas sobre a estratégia usada na votação. A magistrada emitiu a solicitação na última quarta-feira (3), mas na sexta (5) nada havia sido protocolado na corte, situação que permanece a mesma.
“Ele não respondeu. Isto é uma demonstração inequívoca de que ele não tem argumentos para explicar o que fez”, apontou. Florence fez parte da comitiva de deputados de seis partidos que visitaram a ministra na quarta (10) em audiência no Salão Branco do STF. Os parlamentares explicaram os motivos do mandado de segurança que enviaram à Suprema Corte para alegar inconstitucionalidade da votação.
Para o baiano, o apelo dos deputados não configura judicialização da política, mas sim um apelo à constitucionalidade, uma vez que a proposta colocar o financiamento privado de campanha na Constituição Federal foi rejeitada em plenário. Desta maneira, cumpre-se o clamor popular.
“O Brasil todo ficou perplexo com o golpe, tendo sido o presidente derrotado em uma noite e a proposta ser posta novamente em votação no dia seguinte, quando a Constituição veda este procedimento. Então temos uma expectativa positiva de que obteremos a liminar e, no plenário da Suprema Corte, vamos derrubar este procedimento”, explicou Afonso Florence.
Assessoria Parlamentar
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