Deputados da bancada do PT na Câmara consideraram “vitória da democracia” a rejeição ao “distritão” na noite de terça-feira (26) pelo plenário da Câmara. Para o deputado e presidente do Partido dos Trabalhadores do Paraná, Enio Verri (PT-PR) “os brasileiros saíram às ruas pedindo transparência, representatividade e participação na política. O ‘distritão’ e o financiamento privado representavam retrocessos à democracia e à sociedade brasileira” declarou Verri.
De acordo com o deputado federal, embora apresente falhas pela ausência de participação popular, a reforma política pode trazer avanços.
“Foi uma vitória da democracia brasileira, pois o ‘distritão’ criaria um sistema eleitoral totalmente injusto, que enfraqueceria os partidos e personalizaria ainda mais as eleições. Iria ficar muito pior do que é atualmente”, afirmou o deputado Caetano (PT-BA).
O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) avaliou como “uma vitória importante” a derrota do ‘distritão’ que, de acordo com ele, “iria piorar muito mais o nosso sistema eleitoral, que hoje é um sistema proporcional”. Na verdade, acrescentou o petista, “a implantação do ‘distritão’ no nosso País seria um absurdo, seria vergonhosa para todos brasileiros e brasileiras”.
Para o deputado Waldenor Pereira (PT-BA) o distritão e o financiamento empresarial são duas iniciativas que pretendiam restringir a democracia brasileira. “A esperança voltou a vencer o medo, e esta Casa, ouvindo o clamor das ruas, na verdade, resolveu apoiar a defesa da democracia e derrotar o distritão e o financiamento de empresas para as campanhas”.
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que o Congresso demonstrou sua força ao reprovar o financiamento privado de empresas. “Foi sinalizado compromisso com a mudança. Defendo o financiamento público exclusivo, mas respeito e acho que se pode combinar financiamento pela pessoa física e o público. O Parlamento resgatou sua credibilidade perante a sociedade brasileira”.
Também o deputado Padre João (PT-MG) reiterou que a derrota do ‘distritão’ e do financiamento empresarial foi uma conquista. “Porque se tivéssemos o ‘distritão’ e o financiamento empresarial seria o domínio ao extremo do poder econômico, assim ferindo a democracia”.
Já o deputado Paulão (PT-AL) afirmou que a derrota do ‘distritão’ e do financiamento empresarial significa que “a democracia venceu a intolerância”. “Se esses dois itens fossem aprovados seria um retrocesso à democracia, pelo poder econômico”.
Para o deputado Zé Geraldo (PT-PA), a população clama por uma reforma política de verdade. “Não esta contrarreforma que a mesa diretora nos tentou empurrar goela abaixo. O povo brasileiro deseja reforma, sim, mas o que estávamos oferecendo era exatamente o contrário”.
Ele também defendeu que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, responsável pelo atraso de mais de um ano no julgamento que trata sobre o fim do financiamento de empresas às campanhas eleitorais, devolva o processo e permita a conclusão do julgamento.
Equipe PT na Câmara