O aumento para os aposentados que ganham mais do que o salário mínimo continua em negociação. Após reunião da base aliada ocorrida nesta quarta-feira (7), o líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que a única hipótese de modificação da MP 475, que prevê o reajuste de 6,14%, é um índice de consenso entre governo, aposentados, centrais e a maioria dos partidos.
A posição do Senado também pesará na decisão, observou, já que a proposta será votada em seguida naquela Casa.
“A MP 475 já garante um ganho extraordinário para os aposentados”, disse Vaccarezza, ao descartar a proposta, ventilada por alguns deputados, de 7,7% com mudança da data-base para maio. “Este governo conseguiu mudar a data-base de maio para janeiro; voltar ao passado só irá prejudicar os aposentados”.
Perguntado sobre a dificuldade de convencer a maioria dos deputados, em ano eleitoral, a votar em um aumento consensual, mesmo se for apresentado um índice maior em plenário, o líder afirmou que a Câmara deve ter responsabilidade. “Os deputados têm de ter compromisso com o Brasil, com todo o povo. E todos hão de reconhecer que o aumento em vigor, de 6,14%, é maior do que o concedido por qualquer empresa privada, inclusive por empresas que pertencem a esses deputados”.
Limite – O líder do Governo afirmou que buscará um acordo “à exaustão”. Segundo ele, o limite do governo “é a responsabilidade fiscal, econômica e financeira”. “A Previdência acabou com as filas e decide, em apenas 30 minutos, a concessão de aposentadoria. Isso igualmente é um ganho; o dinheiro serve também para fazer a máquina funcionar”, argumentou.
Vaccarezza afirmou que não pode haver precipitação para votar a MP 475. Por essa razão, disse considerar difícil sua votação ainda hoje. “Precisamos fechar também com o Senado”, ressaltou. Essa articulação está sendo feita entre os líderes do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves, (PMDB-RN), e do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Assessoria da Liderança do Governo
