A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, participou nesta sexta-feira (30) do Programa Sexta-Feira com Debate – da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – e falou sobre algumas das 120 ações do governo voltadas para a polução mais pobre.
Campello destacou que 100% das metas do governo foram atingidas, e algumas delas até ultrapassaram o índice planejado, que é o caso da construção de cisternas no semiárido brasileiro.
Segundo a ministra, a meta era entregar 76 mil cisternas até o dia 31 de dezembro de 2014, mas foram entregues 102 mil, beneficiando assim 782 mil famílias.
Nos últimos 12 anos, um milhão de cisternas foram construídas em todo o País. O que significa 4,5 milhões de pessoas beneficiadas.
Para a ministra, o sucesso do Plano Brasil Sem Miséria, que tirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza, se deve a parceira, a integração e a cooperação entre os vários Ministérios; a metas claras e organizadas; e a um sistema de monitoramento ativo. Atualmente são 22 órgãos trabalhando juntos.
“O Plano Brasil sem Miséria é uma das maiores articulações interministeriais dentro do governo, estados, cidades. Não é apenas por causa dos 22 órgãos, é sim pela intensidade e efetividade da cooperação entre as ações do governo. Uma rede gigantesca que se formou em torno dessa missão, que era construir uma agenda do Brasil sem Miséria”, ressaltou Campello,
A ministra destacou que o plano traçou uma linha de pobreza e permitiu que o governo elaborasse políticas pública que atendessem a essa parte da população.
“Agora, temos um piso social no Brasil e mudamos de patamar de como lidávamos com políticas públicas para pobreza. É um novo exemplo de como construir uma agenda de pobreza no mundo”, apontou.
Campello frisou ainda o acesso facilitado dos serviços para a população mais carente.
“Se você só tiver a ideia de universalizar a política pública, os últimos que terão acesso aos serviços serão os mais pobres, por isso decidimos trabalhar com uma estratégia para cada serviço. Colocamos uma lupa para construir um caminho diferente para que a pessoa alcance cada serviço”, disse.
Como exemplo a ministra citou o ingresso às creches públicas e o programa Mais Médicos.
Segundo ela, agora as crianças de 0 a 3 anos de famílias mais pobres estão tendo acesso ao ensino infantil, e as regiões mais isoladas que concentram as populações mais carentes e que não tinham profissionais de saúde, com o Mais Médicos, essas vagas foram preenchidas.
Futuras ações- Na oportunidade, a ministra falou também sobre as perspectivas de futuro do Brasil sem Miséria. Ela citou que o governo já tem agendas e desafios para os próximos quatro anos.
“Temos um período de conversa e escuta com os parceiros, atores e movimentos sociais, técnicos, científicas, pesquisadores, que nos ajudaram na primeira construção, com os vários diálogos que temos feito. Agora vamos passar por um período de avalia cosa de escuta para que possamos construir metas para o próximo período.”
Campello citou como exemplo de desafio o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que busca capacitar e qualificar a população com o ensino técnico.
“No Pronatec queremos melhorar a intermediação de mão de obra. Estamos formando profissionais e queremos melhorar a chegada dessas pessoas no mercado de trabalho.”
A ministra finalizou dizendo que também é desafio para o próximo período a elaboração de uma agenda de inclusão econômica, a ampliação de créditos, a qualificação de microempreendedores individuais (MEIs), levar assistência para técnicos rurais e melhorar o acesso ao ensino, seja no interesse e na oferta.
“A população é pobre porque não teve acesso a serviços, créditos, estudos e capacitação. A população pobre do brasil trabalha e trabalha muito. Temos feito tudo isso e temos a obrigação de fazer muito mais”, finalizou Tereza Campello.
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