O deputado Luiz Couto (PT-PB), integrante da Comissão de Direitos Humanos, elogiou o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que neste mês de dezembro entregou à presidenta Dilma o relatório final. A Comissão da Verdade foi criada pela Lei 12.528/2011 e instituída em maio de 2012 com o objetivo de apurar as denúncias de violações de direitos humanos entre 1946 e 1988, período que abrange o regime militar.
“Foram dois anos e sete meses de trabalho, atuando sem interferências de poderes públicos, com muito suor, mas considerado por todas as entidades, não só do Estado brasileiro, mas também pela sociedade. A Comissão Nacional da Verdade reacendeu um baú histórico cujos achados serão revirados no Judiciário e na opinião pública”, disse Luiz Couto.
Na avaliação do parlamentar petista, o relatório produzido pela Comissão da Verdade foi a peça chave para descobrir graves violações a direitos humanos. “Esse relatório não significa o fim das investigações que prosseguirão e serão aprofundadas por comissões da verdade estaduais, municipais e setoriais, universidades e outros entes da sociedade e do Estado. Temos agora o dever de quebrar o silêncio da injustiça e trazer a justiça que estava enterrada anos atrás. Precisamos superar definitivamente esse obscuro passado e conciliar a democracia como forma de objetivo para um futuro sem demasiadas marcas da ditadura militar”, disse Luiz Couto.
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade, entregue no dia 10 de dezembro à presidenta Dilma, Dia Internacional dos Direitos Humanos, conta com 4.328 páginas e aponta 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.
Gizele Benitz