As indústrias estão mais otimistas quanto a exportações, segundo constatou a Sondagem Industrial divulgada nesta sexta-feira (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A expectativa do setor no que diz respeito ao volume de vendas externas passou de 53,5 pontos em fevereiro para 54,6 em março.
Os setores mais otimistas são os de bebidas e de madeira, com variações de 45 pontos para 60,7 pontos e de 38,4 pontos para 55,6 pontos, respectivamente, de fevereiro para este mês. O setor do álcool, no entanto, apresentou baixa significativa na expectativa, que passou de 43,8 para 33,3 pontos. Os dados variam de zero a 100.
Segundo o economista da CNI Marcelo Souza Azevedo, a pesquisa indica que, de modo geral, as empresas estão observando recuperação da demanda externa. “Como se trata de expectativa de quantidade exportada, estão descartadas dessa análise a influência do câmbio e dos preços”.
Para o deputado André Vargas (PT-PR), o otimismo da indústria revela uma tendência consolidada de recuperação das exportações após o período da crise internacional. “Muito se fala da perda de competitividade da exportação, as mas os dados mostram que nossa indústria é muito competitiva. A recuperação da exportações revela o acerto da condução econômica no governo Lula, que abriu novos mercados compradores e deu estímulo ao investimento na agricultura e ao acesso ao crédito, por exemplo”, disse.
A pesquisa também mostra que a indústria pode continuar a crescer sem pressionar a capacidade instalada (volume máximo de produção que uma empresa consegue atingir) e sem necessidade de aumentar preços, disse Azevedo. A utilização da capacidade instalada em fevereiro ficou abaixo do nível tradicional do mês. O indicador ficou em 48,9 pontos, praticamente estável em relação a janeiro (48,3 pontos).Segundo a CNI, houve também evolução da produção, que passou de 49,2 pontos em janeiro para 50,8 pontos em fevereiro.
EI com agências
