Nesta segunda-feira (29), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, lançam a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
O programa, que poderá reunir investimentos da ordem de R$ 1 trilhão entre 2011/14, vai assegurar a continuidade das grandes obras de infraestrutura, construção de moradias populares, saneamento ambiental e até a construção de creches e escolas para a educação infantil.
Na Câmara, membros da bancada Federal do PT garantem que o novo PAC vai mobilizar o maior capital já investido de forma integrada no Brasil. O líder da bancada petista, Fernando Ferro (PT-PE), afirma que o programa será o combustível para as turbinas do desenvolvimento, processo que, desde o início do governo Lula, tem transformado a realidade econômica e social do País. “Estamos tranquilos, porque sabemos que o governo Lula promove a maior sequência de obras de desenvolvimento na história do nosso País”, afirmou Ferro.
Temor – Segundo o líder petista, o temor da oposição em torno do que será a espinha dorsal do programa é bastante natural, já que não é nada favorável aos oposicionistas qualquer comparação entre os oito anos do governo tucano de FHC (1995-2002) e os dois mandatos de Lula. “É natural que, quando se compara esse período de efervescência econômica de desenvolvimento com os oito anos do governo tucano, haja um mal-estar sem precedentes na oposição, que não tem propostas para o País e nem discurso”, disse o líder.
Na avaliação da deputada Iriny Lopes (PT-ES), a nova combinação de investimentos que será lançada na próxima semana é a garantia de que a vida da população, especialmente dos segmentos menos abastados, continuará se transformando. “Essa nova etapa do PAC vai continuar dando ao Brasil a retaguarda necessária para o crescimento contínuo e sustentável. É um novo momento de investimentos”, afirmou.
Os impactos , segundo a petista, serão sentidos com maior intensidade na área da saúde pública, já que o PAC 2 deverá focar ações em saneamento ambiental. “Isso vai refletir diretamente na saúde preventiva da população. Investir em saneamento é o mesmo que investir na saúde pública e na qualidade de vida das pessoas”, afirmou.
CONTINUIDADE – Para o deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), o PAC 2 vai assegurar continuidade ao processo de crescimento econômico e de fortalecimento do mercado interno brasileiro. “Todos os investimentos já realizados pelo governo Lula envolvem uma cadeia produtiva diversificada, que necessita de um horizonte de maior prazo. Ao trabalhar com objetivos e metas, com prazo e orçamento definido, o governo Lula vai manter o Brasil nos trilhos do desenvolvimento nos próximos anos. Isso cria um fluxo permanente de recursos, capaz de alimentar todos os setores econômicos do País, atualmente aquecidos e alimentados por esta onda de desenvolvimento”, afirmou.
O parlamentar reconhece alguns entraves para transformar em realidade todos os investimentos previstos no programa, mas afirma que essas dificuldades serão os argumentos para que o próximo governo não cruze os braços. “Sabemos que os entraves são imensos, mas estamos trabalhando para superá-los, assim como fizemos na primeira etapa do PAC. Se algumas dessas metas, por razões alheias à vontade do governo, não forem cumpridas, não importa. O que precisamos fazer é não deixar que o País retroceda aos patamares anteriores de crescimento”, afirmou.
Linhas gerais – Com o PAC 2, o governo pretende elevar a taxa de investimento da economia de 18% do PIB previsto para 2010 para mais de 20% do PIB em 2013 e em torno de 21% do PIB em 2014. Essa elevação, nos cálculos da equipe econômica, é que vai aumentar o potencial de crescimento do Brasil dos atuais 4,5% a 5% ao ano para cerca de 5,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Habitação, saneamento básico e educação infantil, serão as áreas priorizadas no programa.
Edmilson Freitas
