As vendas no varejo brasileiro subiram 1% em outubro, terceira alta mensal seguida e com ritmo acima do esperado puxado, sobretudo, pelos supermercados. Na avaliação gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos, o impulso foi ocasionado pelo aumento da renda dos trabalhadores. “Foi a melhora da renda, que cresceu tanto em relação a setembro quanto em 12 meses, que puxou o resultado de supermercados”, explicou Juliana.
As vendas nos supermercados subiram 1,3% na passagem de setembro para outubro. Foi o melhor mês para o setor desde julho de 2013, quando o volume vendido tinha aumentado 2,5%. “Houve aumento na renda, mas a taxa de desocupação também melhorou”, acrescentou a pesquisadora do IBGE.
A Pesquisa Mensal de Emprego, também do IBGE, mostrou recuo na taxa de desemprego em outubro, para 4,7%, menor patamar para o mês da série histórica. A renda real do trabalhador cresceu 2,3% em relação a setembro. Na comparação com outubro de 2013, o aumento foi de 4%.
O deputado Ronaldo Zulke (PT-RS), integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, destacou que a pesquisa confirma que a economia brasileira tem crescido de forma segura e aponta para a recuperação do poder de compra do consumidor brasileiro. “O desempenho, mesmo com percentuais moderados, é crescente e constante”. Ele disse ainda que a expectativa é de que esse aquecimento do comércio varejista se consolide no próximo período, “uma vez que o setor recebeu vários incentivos do governo Dilma para continuar aquecido”.
Números – A pesquisa do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (12) revela que, de setembro para outubro, sete dos oito segmentos do comércio varejista tiveram alta no volume de vendas. Apenas o setor de livros, jornais, revistas e papelaria teve uma queda, de 0,9%.
Entre os sete setores com alta, o principal desempenho foi observado no de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (3,5%). Os demais setores tiveram as seguintes taxas de crescimento: tecidos, vestuário e calçados (2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%); supermercados, produtos alimentícios e bebidas (1,3%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,8%); combustíveis e lubrificantes (0,5%) e móveis e eletrodomésticos (0,3%).
O comércio varejista ampliado – que inclui o varejo, os materiais de construção e os veículos e peças – teve crescimento no volume de vendas de 1,7%, em outubro, na comparação com setembro, devido às altas de 4,3% nos veículos e peças e de 1,4% no material de construção.
PT na Câmara, com agências