A circulação de cidadãos sul-americanos na região pode ser facilitada, e funcionar em sistema parecido com o do Mercosul, em que os cidadãos dos países-membros circulam com documento de identidade, sem a necessidade de passaporte e visto. A ideia será debatida durante a Reunião de Cúpula da Unasul, nos próximos dias 4 e 5, no Equador.
De acordo com o subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Simões, a discussão passou por um grupo de trabalho técnico, que terá o relatório aprovado pelos chanceleres da Unasul.
“O grupo de trabalho fez um primeiro mapeamento do que precisa ser feito. O passo que vamos dar agora é dizer que vá adiante e examine as possibilidades de caminhar nessa direção. Não é trabalho simples, envolve a legislação de 12 países, as normativas de 12 países”, explicou.
A Unasul deverá aprovar também o estatuto e o regulamento da Escola Sul-americana de Defesa, que, segundo Simões, funcionará como um “centro de altos estudos, articulado para formação de civis e militares”, com cursos compartilhados e troca de experiências de defesa.
O bloco vai formalizar a criação de uma unidade técnica de coordenação eleitoral, para concentrar as atividades de observação de processos eleitorais na América do Sul. “A ideia é criar uma profissionalização do que são as missões da Unasul. Hoje você tem missões [de observação], mas é importante ter a unidade para criar um padrão Unasul de observação”, avaliou o embaixador.
A cúpula será dividida em duas etapas: a primeira na quinta-feira (4), em Guayaquil, com os chanceleres. A reunião dos chefes de Estado e de Governo será em Quito, na sexta-feira (5). Os líderes sul-americanos inaugurarão a sede da entidade, batizada de Néstor Kirchner, e erguida na região conhecida como “mitad del mundo”, porque está acima da Linha do Equador, que separa os dois hemisférios do Planeta.
Durante a reunião haverá a transmissão da presidência pro tempore da Unasul do Suriname para o Uruguai.
Agência Brasil