Boa relação Estado-sociedade civil ajuda País a cumprir as metas do milênio, diz Lula

lula_odmMuitos países do mundo não vão atingir as metas do milênio estabelecidas em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para serem cumpridas até 2015, mas o Brasil não só cumprirá os oito objetivos propostos como deverá superar vários deles, afirmou o presidente Lula durante a 3ª edição do Prêmio Objetivos do Milênio (ODM) Brasil, realizada nesta quarta-feira (24/3) em Brasília.
Entre as razões do sucesso brasileiro na empreitada, o presidente apontou o momento mágico que o Brasil vive na relação entre sociedade e Estado, “porque as pessoas começaram a acreditar que alguma coisa nova está acontecendo no País”.

“E essa coisa nova que está acontecendo no País é apenas o fato de que o estado brasileiro e o governo passaram a acreditar que a sociedade tem um papel extraordinário para cumprir. A gente poderia pegar o Banco do Brasil como exemplo, a Caixa Econômica Federal (CEF), o BNDES, várias instituições públicas de peso, que há algum tempo atrás agiam como se não tivessem nenhum compromisso além daquilo que estava estabelecido na normatização da sua existência. Não tinham uma relação de acreditar no Brasil, de facilitar as coisas, de permitir que as coisas fluíssem com facilidade”.

Para Lula, muitos países não cumprirão as metas do milênio por culpa da falta de solidariedade dos países ricos, que defendem o livre comércio apenas para os seus produtos, nunca para os produtos dos mais pobres. O presidente lembrou que até os Estados Unidos, um dos maiores defensores do livre comércio do mundo, toma uma posição indefensável quando não cumpre determinação da Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu ganho de causa ao Brasil na questão dos subsídios americanos aos seus produtores de algodão.

O presidente brasileiro afirmou que o Brasil não estava preocupado com a concorrência do algodão americano — “temos tecnologia para competir com eles nessa e em outras áreas” — mas sim com os países africanos, muitos dos quais dependem quase que exclusivamente da exportação de seus produtos agrícolas”.

BALANÇO- A política habitacional do Governo Lula reduziu em quase meio milhão, no período de apenas um ano, o número de famílias que vivem em moradias inadequadas, segundo o 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o documento, divulgado pelo governo, o déficit habitacional brasileiro foi diminuído de 6,27 milhões de moradias, em 2007, para 5,8 milhões, em 2008, o que significa que, naquele período, 476.000 famílias passaram a viver em moradias adequadas.

“Temos feito com que o déficit habitacional venha caindo, com as obras que estão sendo feitas, com os programas que estão sendo implementados com vigor. São investimentos sólidos, fortes e importantes, que levarão adiante a decisão do governo de atacar o problema habitacional”, disse o ministro das Cidades, Márcio Fortes, perante os 15.000 representantes de 160 países reunidos no 5º Fórum Urbano Mundial das Nações Unidas, no Rio. O ministro destacou, sobretudo, os investimentos do governo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e no programa de moradia popular Minha Casa, Minha Vida.

O relatório produzido pelo Ipea mostra que 82% do déficit habitacional está concentrado em áreas urbanas, sobretudo nas cidades com mais de 500 mil habitantes, e na população de baixa renda. Quase 90% do déficit atinge famílias com renda mensal de até três salários mínimos.

O estudo do Ipea aponta também expressiva melhoria nos índices de saneamento básico, especialmente pela expansão das redes de água potável que hoje abastecem nove em cada dez famílias. Contudo, continua grande a diferença entre o Brasil urbano e o rural. Enquanto nas cidades a água tratada chega a quase 92% das famílias, no campo beneficia a menos de 28%. Já as redes de esgoto servem a 80,5% das moradias nas áreas urbanas e a pouco mais de 23% na área rural.

Equipe Informes, com agências

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