Nas redes sociais, ministra da Gestão e Inovação desmascara equívocos do jornal sobre a gestão das empresas públicas;
Em um resposta contundente ao editorial do jornal O Globo, intitulado “Estatal deficitária deve ser vendida ou liquidada”, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, criticou o que chamou de “equívocos” na análise sobre a política governamental para a governança e modernização das estatais. Utilizando suas redes sociais neste domingo (15), Dweck elucidou pontos mal interpretados pelo editorial e salientou a importância das estatais no cenário econômico e social do país.
Rebatendo a sanha privatista do Globo, Dweck contestou a alegação de que o déficit das estatais representa um peso excessivo para os cofres públicos, destacando que estas empresas “são independentes do Tesouro. Ou seja, ainda que houvesse prejuízo, a conta não seria do contribuinte”. Além disso, ela frisou que as estatais desempenham funções essenciais que não podem ser resumidas a meras contas financeiras.
“Déficit não é prejuízo. O Globo erra novamente ao imputar tal equivalência em seu editorial de 15/12. Na verdade, grande parcela do déficit das estatais representa alta do investimento e a expressiva maioria das empresas com déficit apresentou lucro”, argumentou a ministra.
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“As estatais possuem um papel fundamental no desenvolvimento inclusivo e sustentável do Brasil“, afirmou Dweck.
Há estatais dependentes do Tesouro, mas elas não entram na estatística de déficit do BC. Entre as que precisam de recursos do orçamento, há hospitais universitários (SUS) e a Embrapa, que receberam 72% do total de recursos repassados pelo Tesouro para as estatais em 2023.
— Esther Dweck (@edweck_rj) December 15, 2024
De modo malicioso, o editorial sugere que, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, as empresas públicas teriam sido saneadas e deixaram de pesar tanto nos cofres públicos, uma meia verdade também desmentida pela ministra. “No período em que o editorial cita que as empresas foram superavitárias, ele deixa de mencionar que o superávit decorreu dos aportes que elas receberam do Tesouro. Elas não eram mais eficientes. Elas estavam sendo preparadas para a privatização com recursos públicos”, esclareceu Dweck.
A ministra destacou ainda que algumas estatais, como os hospitais universitários e a Embrapa, são absolutamente cruciais para o tecido social e econômico do Brasil, recebendo 72% dos recursos repassados pelo Tesouro em 2023. “Essas instituições são vitais para o desenvolvimento do Brasil”, sublinhou.
Eficiência das estatais
As recentes medidas anunciadas pelo governo federal buscam modernizar e aumentar a eficiência das estatais, preservando sua autonomia e alinhando suas práticas de governança às melhores práticas internacionais. As medidas, anunciadas na semana passada, foram discutidas em encontros com o presidente Lula e outros ministros supervisores de estatais, o que demonstra a disposição do governo em promover a transparência e a eficiência das empresas.
“O governo está comprometido em melhorar a capacidade de governança e de geração de resultados para a sociedade brasileira. Essas empresas, hoje, já têm uma contribuição muito importante, pois representam 6% do PIB brasileiro e geram mais de 400 mil empregos diretos”, defendeu Dweck, no anúncio das medidas.
A ministra reiterou ainda que as ações do governo estão em conformidade com os princípios estabelecidos na Lei das Estatais e com debates internacionais promovidos por entidades como a OCDE, assegurando que as estatais continuem a ser ferramentas eficazes para a transição ecológica e o desenvolvimento sustentável do país.
Da Redação da Agência PT