Paulão defende celeridade no debate sobre a reforma política

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O deputado Paulão (PT-AL) defendeu, em pronunciamento no plenário,  celeridade no debate sobre a reforma política.  “É importante que esta  Casa coloque esse tema numa agenda prioritária. Esperamos que isso ocorra em 2015, para que façamos a reforma política na qual nós tenhamos um legado fundamental, uma representação verdadeira da Câmara Federal, que é a Casa do Povo, e não esse sistema atual em que predomina o poder econômico”, disse.

 Na avaliação do deputado do PT “o momento é oportuno” para ampliar o debate sobre a reforma política.  “Existe um clamor social legítimo em prol do fortalecimento da nossa jovem democracia, conquistada com a luta dos setores progressistas e,  porque não dizer, com o sangue de muitos brasileiros que perderam suas vidas nos porões da ditadura militar. Mas isto ficou no passado, mesmo que alguns saudosistas daquela época insistam na ideia de golpe”, disse.

“Está claro que devemos continuar respeitando as normas constitucionais e modificar o que for necessário a fim de construirmos um sistema  eleitoral mais transparente e em harmonia com os novos tempos. Nessa perspectiva, diversas entidades, como Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Comitê Popular do Plebiscito, se mobilizam pela reforma política. Esse movimento é específico para um plebiscito oficial sobre a convocação de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político”, disse o petista.

O deputado  Paulão elencou alguns pontos da reforma política que considera importantes. “Precisamos tratar do financiamento público  de campanhas, pois a ajuda financeira por empresas é um problema no processo eleitoral vigente, produzindo distorções e desequilíbrio entre os candidatos. Também defendo o fim das coligações proporcionais, que são um emaranhado totalmente incompreensível para a população, pois o voto acaba elegendo candidatos não escolhidos diretamente pelo eleitor”. 

Ainda de acordo com Paulão outro ponto  a ser considerado “é o sistema de votação proporcional com lista fechada, quando os partidos definem a ordem dos candidatos e os eleitores votam na legenda. Também sou a favor da fidelidade partidária e da unificação de todas as eleições municipais, estaduais e para presidente da República em um único ano, o que geraria uma economia não apenas nos gastos com as campanhas, mas principalmente com logística da Justiça Eleitoral”.

 O deputado Paulão também quer o incentivo para maior participação das mulheres. “A reforma deve incentivar  a presença das mulheres nas instâncias da política. Em relação à participação feminina nos parlamentos, o Brasil está em 124º lugar numa lista de 145 países, segundo a ONU. Em 2015, as mulheres serão 9,94% da Câmara dos Deputados, contra 8,77% da legislatura iniciada em 2011. Apesar de a bancada feminina ter crescido de 45 para 51 deputadas, precisamos avançar mais”, enfatizou o parlamentar petista.

Gizele Benitz

 

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